ATIREI UM PAU NO GATO - fim
Sem a companhia de seu gato preto Fargo, ele se sentia solitário demais. A tigela vazia, a almofada dele, tudo lembrava sua presença. Ele preferia se mudar dali para outro lugar, para garantir a vida de Fargo.
Dois dias depois uma comitiva de ativistas, comandados pela sociedade protetora de animais e meio ambiente, mais duas viaturas da polícia, chegaram no lugarejo. As pessoas desfilavam pelas ruas com cartazes e faixas de protesto contra morte de animais. Uma mulher passou a explicar num megafone para os moradores, uma nova versão sobre gatos pretos. Sua cor era herdada pela genética assim como também a dos humanos. Gatos pretos são os maiores absorvedores de energias negativas do ambiente, atraem boa sorte, são dóceis e fiéis companheiros, caçadores de ratos, importantes para o ecossistema. O resto eram apenas lendas inventadas por escritores em seus livros, criticando o racismo.
O delegado tomou a palavra esclarecendo ser proibido por lei matar animais, sendo crime ambiental, sob multa e prisão.
Os habitantes receberam um papel com multas, sendo ameaçados de prisão e cadeia. Então reconhecendo que estavam errados, passaram a mudar sua forma de pensar a respeito de gatos pretos. Muitos compraram gatos negros aprendendo a amá-los e tratarem todos os bichanos com carinho.
O senhor Abilio e Elton tornaram-se amigos, estavam sentados na varanda do pequeno sítio de sr. Abílio. Eles observavam alguns gatos pretos vagando livres pelas ruas, procurando aventuras. Fargo estava com eles e havia conquistado já muitos amigos, felinos de sua espécie.
— Diga-me Abílio, aonde voce mora ?
—Na "Cidade dos Gatos Pretos" não está vendo ? 🐈⬛ 🐈⬛ 🐈⬛ 🐈⬛ 🐈⬛ 🐈⬛ 🐈⬛
— Miau
FIM
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