O causo do Jazigo no interior de São Paulo

Esse causo, me contavam,e eu jamais imaginaria,que fosse ocorrido cotidiano de cemitérios.

Na localidade, ninguém me tinha visto jamais, devido a eu estar em 2004 na estrada, caminhante costumeiro, entre reciclagem de materiais e cargas de caminhões ocasionais, não é que começa a chover torrencialmente, e nisso um antigo cemitério numa colina de interior, fui lá e tive a sorte de ter jazigos quentinhos abertos, e me enfiei num a fim de dormir, fechei a porta, e maravilha, hotel..!

Só que eu acordava antes do Sol vir iluminar completamente a manhã, e ao sair, não é que uma velha, estava lá cedinho colocando flores num dos túmulos próximos, ao ouvir o ruído da porta do jazigo abrindo, me olhou com os olhos embolitados, e eu tentei a deixar calma dizendo;

-Bom dia..!

Ao que ela saiu apressando o passo,e eu ainda tentei melhorar a situação de maneira infeliz...

-Espera,tô vivo...!

(Aí que ela correu de vez)

O resto seria uma frase pior que a outra...

-Nunca morri....!

-Mas será que a senhora não reparou que não tô morto..?!