Terror na Terra Mérdia
No subsolo profundo de um castelo sombrio, o ar cheirava a enxofre e era irrespirável para pessoas comuns. Lá havia uma sala sombria, adornada com quadros e esculturas diabólicas, iluminada apenas por velas grossas de cera negra. No centro da sala, uma mesa grosseira de madeira impunha-se, testemunha silenciosa das decisões sinistras que ali eram tomadas.
A reunião estava prestes a começar. Os governantes do Reino das Trevas, figuras sinistras com olhos brilhando malícia, sentaram-se ao redor da mesa. O Príncipe das Trevas, um ser de presença avassaladora, ocupava a cabeceira, observando cada um com um sorriso cruel nos lábios.
"Iniciemos a discussão sobre o aumento de impostos," disse o Príncipe das Trevas, com sua aparência escamosa e voz gutural ecoando pela caverna. "Precisamos de mais recursos para continuar sustentando nosso luxo e manter nosso poder incontestável."
Um dos governantes, um ser corpulento de sorriso cínico e com cara de idiota, acenou com a cabeça. "Aumentar os impostos sobre os alimentos, também, nos permitirá financiar nossas viagens de turismo, festas e banquetes sem fim. Além disso, garantiremos que os escravos continuem recebendo suas rações de má qualidade e ordenaremos que a imprensa servil ressalte diariamente as qualidades nutricionais do pé de frango. Não podemos permitir que se tornem fortes material e espiritualmente e tentem se rebelar."
Todos ao redor da mesa assentiram em concordância. Os escravos, figuras esquálidas e apáticas, eram meros peões no jogo cruel dos governantes. Manter suas rações insuficientes e de péssima qualidade era uma estratégia eficaz para garantir sua submissão.
"Concordo," disse uma mulher sorridente vestida de vermelho e usando óculos grandes de aro grosso de muito mal gosto. "Quanto mais famintos e fracos, mais fácil será controlá-los. E com os impostos mais altos, poderemos construir mais estátuas em nossa homenagem e adornar ainda mais este salão com símbolos de nosso poder.". “E continuar comendo lagostas”, completou outro ser pavoroso com aparência de morcego.
O Príncipe das Trevas ergueu uma taça de vinho negro, seus olhos brilhando com prazer maligno. "Então, está decidido. Os impostos aumentarão, nossas riquezas crescerão e nosso poder permanecerá incontestável.".
A reunião terminou com risadas macabras ecoando pela caverna, o som reverberando pelas paredes de pedra. As velas tremeluziam, projetando sombras dançantes sobre os quadros e esculturas diabólicas. O Reino das Trevas continuava a prosperar às custas dos miseráveis, enquanto seus governantes deleitavam-se em seu luxo macabro.