O Espectro Minimalista
No coração de Taguatinga-DF onde os bueiros cheiram a enxofre e o ar carrega as almas dos desafortunados, em um edifício antigo e abandonado, repousava um mistério que assombrava a mente dos moradores locais. Era uma estrutura sombria, com janelas quebradas, paredes sujas e portas antigas onde sussurros rangiam dor e segredos. Ninguém se atrevia a se aventurar por seus corredores, exceto alguns velhos esquisitos de uma seita pagã oriunda de séculos passados, ele carregavam consigo a Chave de Salomão ou Mafteaḥ Shelomoh o qual contém feitiços hebraicos sobre orientações cabalista, não apenas um livro, mas com as palavras certas e seguindo todos os passos possibilita a abertura do plano físico para o espiritual que poderiam despertar tanto anjos quanto demônios.
Certa noite, esse grupo decididos a invocar alguns feitiços antigos, cantigas malignas foram profanada. Por uma coincidência uma jovem curiosa adentrou no Edifício , era Lisa, uma jovem destemida, esculpida por curvas suaves e sexy, seus olhos grandes e nebulosos, de um tom verde que parecia mudar de intensidade conforme a luz. Eles tinham uma profundidade que parecia conter segredos ocultos, uma janela para uma alma que carregava tanto desejos obscuros. Seus cílios longos destacavam ainda mais seus olhos, dando-lhes um olhar hipnotizante. As sobrancelhas bem delineadas, nariz era pequeno e bem proporcionado, ligeiramente arrebitado, dando um toque de inocência ao seu semblante. Suas bochecha rosadas, como se um blush permanente , lábios cheios rosa pálido que contrastava perfeitamente com sua pele clara, uma pelesem imperfeições visíveis, com uma textura aveludada que parecia quase irreal. Carregava uma profundidade trazendo perdição para quem a olhava, alta e imponente, um pecado misturado de formosura e mistério, cuja coragem superava qualquer medo. Com sua lanterna ela foi conhecendo o prédio lentamente, seus passos ecoando pelos corredores vazios enquanto naquela noite de Lua Cheia desenhava sobre o céu imagens de terror.
À medida que exploravam os corredores empoeirados, uma sensação de inquietude envolveu sua consciência. O ar estava impregnado com uma presença sombria, uma energia demoníaca que obviamente não tinha boas intenções. Então, em uma sala escura no final de um corredor deserto, ela viu aquela invocação do mal trazida por homens e mulheres vestidos de capuz preto e descalços, enquanto o chão escorria sangue de inocentes e órgão de animais. Sobre o chão um circulo com uma espécie de estrela , em um alta feito de improviso vísceras daquele animal morto, estava destroçado sem poder reconhecer , o líder do grupo abriu um grimório envelhecido e começou a recitar as palavras de poder em uma língua ancestral. A atmosfera ao redor se tornou pesada e silenciosa, e uma névoa gélida começou a se formar dentro do círculo, tomando a forma vaga e flutuante de um espectro envolto em sombras.
No centro da sala, pairava uma figura sombria e minimalista, uma forma imaterial sem características distintas, apenas uma fumaça contorcendo entre vultos contra a escuridão. O espectro minimalista permanecia imóvel, observando-os com olhos invisíveis, emanando uma aura de terror e sacrifício.
Um a um daquele grupo que conjurou aquela criatura foi tomada por ele, morrendo em seu próprio feito, assassinados sem chance nenhuma de fuga. Lisa, ao vê, resistiu à sensação de pavor. Naquele mesmo momento uma chuva veio sobre a cidade trazendo uma nova era.
Com um passo hesitante, Lisa se aproximou do espectro minimalista enquanto ouvia a tempestade, seu coração martelando dentro do peito. Em um instante de coragem, ela estendeu a mão tremendo e tocou a figura sombria. Instantaneamente, a sala foi inundada com uma luz cegante, e quando a jovem recuperava a visão, o espectro minimalista havia desaparecido.
Quando ela percebeu todos os mortos , ela gritou com toda a força desmaiando sobre os cadáveres. Depois de quase um dia , ela desperta, o cheio e a sensação maléfica a penetrou. Ao sair do edifício, sua mente cheia de perguntas não respondidas ao seu coração. O espectro minimalista havia sido solto, o mundo já não seria o mesmo.
Passaram semanas e Lisa visitava quase que todas as noites o prédio, mas sem entrar, apenas observando. Ela sabia que aquele ser poderia facilmente mata-la. Numa noite dessas de domingo ela teve uma ideia, estava em seu apartamento, sentada na beira da cama, com o celular em mãos. Ela respirou fundo antes de discar o número . O telefone tocou algumas vezes antes de ele atender.
Lisa: "Oi, Pedro. Aqui é a Lisa. Tudo bem?"
Pedro: "Oi, Lisa! Tudo bem, e você?"
Lisa: "Estou bem, obrigada. Escuta, eu preciso te pedir um favor meio inusitado. Você tem um tempo hoje à noite?"
Pedro: "Claro, o que você precisa?"
Lisa: "Bom, eu estava fazendo uma pesquisa e descobri um prédio antigo que dizem ser assombrado. Gostaria que você fosse comigo até lá."
Pedro: "Assombrado? Lisa, você sabe que eu estudo espiritismo, mas por que você quer ir até um lugar desses?"
Lisa: "Justamente por isso, Pedro. Eu acho que suas habilidades e conhecimentos podem ser muito úteis. Além do mais, estou escrevendo um artigo sobre lugares assombrados e preciso de alguém que realmente entenda do assunto."
Pedro: "Entendi. Mas você tem certeza de que é seguro? Esses lugares podem ter energias muito pesadas."
Lisa: "Eu sei, Pedro. Mas confio em você. Acho que juntos podemos explorar o local de forma segura. Além disso, é uma oportunidade única para coletar dados importantes para seu estudo e meu artigo."
Pedro: Deixa eu pensar aqui.
Lisa: Outra Coisa ninguém pode saber, quando chegar lá te explico pessoalmente, precisa confiar em mim. Pode ser Pedro?
Pedro: "Ok,"
Pedro: "Parece intrigante. E onde fica esse prédio?"
Lisa: " Vamos nos encontrar naquele Pub próximo da minha casa ai vamos juntos. Podemos nos encontrar lá às 22h?"
Pedro: "Tudo bem, Lisa. Mas precisamos tomar cuidado.
Lisa: "Perfeito, Pedro. Estou contando com você. Vai ser uma experiência e tanto!"
Pedro: "Então, combinado. Nos vemos lá às 22h."
Lisa: "Ótimo! Obrigada, Pedro. Até mais!"
Pedro: "Até mais, Lisa. E cuidado, ok?"
Lisa desligou o telefone com um sorriso no rosto, satisfeita por ter conseguido convencer Pedro.
Ao entrar no prédio , Pedro observou as paredes escuras e desconhecidas do edifício, o que eles não sabiam era que o espectro minimalista se movia silenciosamente pelos corredores acompanhando os dois, deslizando como uma sombra, buscando por sua próxima vítima.
Quando Pedro avistou os cadáveres no chão, Lisa o atacou com um golpe em sua cabeça fazendo com que ele desmaiasse. Ela o tinha levado ali para aquele ser macabro. A jovem então o chamou e ofereceu Pedro para que ele pudesse possuir.
Silêncio....
De repente Pedro levanta com uma velocidade absurda , a cor dos seus olhos azuis mudou para um preto tão forte e seu corpo assumiu uma forma física forte.
O espectro minimalista era o produto macabro dessas experiências obscuras, uma entidade sem forma definida, mas com uma habilidade aterrorizante: ele podia assumir o corpo de qualquer pessoa que encontrasse, controlando suas ações e alimentando-se do sofrimento que causava.
Lisa sentiu um frio na espinha. Ela havia conseguido o que queria, mas a que custo?
- Olá, eu sou Lisa. Quero ajudar você. - Disse olhando para o Espectro.
De repente sem ela menos esperar ele partiu para cima dela a enforcando. Aquela garota se debatia de um lado para o outro.
Lisa (ofegando): "Por... favor...!"
O Espectro não mostrava nenhum traço de piedade. Ele apertou mais forte, levantando-a do chão. Os pés de Lisa chutavam o ar, em uma tentativa desesperada de se libertar.
Espectro: "Você se atreveu a barganhar com forças que não compreende. Agora, sente o preço de sua ambição."
A pressão no pescoço de Lisa aumentava, e seu rosto começou a ficar pálido. Sua visão ficou turva, e ela sentiu a vida lentamente escapar de seu corpo. As lágrimas escorriam por seu rosto enquanto ela lutava para respirar, cada vez mais fraca, quando não podia mais lutar, seu último suspiro foi ver sua vida indo embora.
O ser então saiu daquele edifício, estava livre e nem mesmo os magos saberiam o que fazer para aprisiona-lo novamente.
Naquele ano, o espectro vagueou pelos becos sombrios da cidade, possuindo os desafortunados que cruzavam seu caminho e infligindo-lhes tormento indescritível. Seus atos malignos eram a essência de seu ser, até que algo inesperado aconteceu.
Estava no Park da Cidade, procurando mais um para possuir , ao avistar uma mulher, ele encontrou uma jovem de beleza cativante . Sua aura inocente e pura era um contraste marcante com a escuridão que o rodeava. Ele tentou possuir, mas algo estranho aconteceu, não conseguiu assumir seu corpo, tentou novamente e novamente. Ele não podia acreditar, ela não aceitava sua forma em sua alma.
A partir daquele dia ele começou a perseguir Elena. Era uma jovem de vinte e cinco anos, cabelos castanhos, olhos pretos, curvas delicadas, coxas grandes e um quadril de chamar a atenção, um rosto angelical e pele macia. Mas do que isso era pureza em pessoa, lembrando aspecto angelicais. O espectro ficou observando todos seus passos e foi se aproximando. Ele viu todos seus atos de bondade como noites que passava em hospitais levando alimentos ou ajudando velhos aflitos. Dia após dias seguiu seus passos.
Com o passar dos dias, o espectro tornou-se cada vez mais próximo de Elena, suas aparições mais frequentes e ousadas. Ele a observava de perto em seus momentos mais íntimos e pessoais, esgueirando-se pelas sombras para testemunhar os momentos singulares de sua vida cotidiana.
Uma noite sinuosa e chuvosa, enquanto as ruas estavam praticamente desertas, Elena caminhava lentamente em direção à sua casa, inconsciente da presença sinistra que a seguia de perto. Em um momento de descuido, Elena decidiu tomar um atalho por uma rua mais deserta e pouca iluminada, confiante em sua familiaridade com o bairro. Ela caminhava com passos firmes, alheia ao olhar faminto que a observava de longe.
Ao virar a esquina do beco subitamente começou a chuviscar, o espectro parou abruptamente, seu coração congelando em seu peito enquanto ele testemunhava uma visão que o deixaria marcado para sempre. Elena, alheia à presença do espectro, estava parada sob a fraca luz de um poste, com uma camiseta branca transparente seus seios se destacava, Elena olhou para um lado e para o outro não avistou ninguém, resolveu pegar em sua bolsa um short, retirando sua calça e se vestindo, numa imagem sexy e inocente daquela mulher. Com um misto de fascínio e terror, o espectro viu Elena se despir lentamente, suas roupas caindo graciosamente ao chão enquanto ela se preparava para tomar um banho de chuva improvisado em meio à rua deserta. Seu corpo era uma obra-prima da beleza humana, suas curvas suaves e delicadas banhadas pela luz fraca da noite. Mas em um momento de lucidez, ele sabia que deveria sair dali, sua natureza perversa iria fazer com que ele cometesse algum ato criminoso com Elena, então ele decide partir.
O espectro no outro dia, no corpo de Pedro, caminhava pelas ruas de Brasília com um propósito desconhecido. Ele se dirigiu à Biblioteca Nacional, um edifício imponente que guardava séculos de conhecimento. Ao entrar, ele foi recebido pelo silêncio reconfortante dos corredores cheios de livros. Seu objetivo era claro, mas estranho para a anjo caído de sua natureza: ele queria entender o amor.
Ao caminhar pelos corredores, ele se deparou com a seção de literatura clássica. Seus dedos percorreram as lombadas dos livros até encontrar uma obra de William Shakespeare. Ele puxou o volume de "Sonetos" e sentou-se em uma mesa de leitura isolada. Sua vontade de matar vendo todas aquelas presas quietas, aumentou , viu uma oportunidade, mas no fundo estava focado em outra coisa.
Enquanto folheava as páginas, suas mãos pararam em um soneto que chamou sua atenção. Ele começou a ler em voz alta, sentindo uma estranha conexão com as palavras:
Espectro (lendo):
"Amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se transforma,
Ou se vacila ao ver a mudança;
Não, é um farol fixo que contempla a tempestade."
Sem entender, foi atrás de outra obra. O espectro procurou e encontrou "Romeu e Julieta", e uma passagem em particular chamou sua atenção:
Espectro (sussurrando para si mesmo):
"Estas alegrias violentas têm fins violentos
E morrem no triunfo, como fogo e pólvora,
Que num beijo se consomem."
Ainda sem compreender, pegou a bíblia, abriu em Cantares de Salomão.
Quão formosa és, minha amada,
Quão formosa és! Os teus olhos são como os de uma pomba,
Por detrás do teu véu."
O espectro leu a descrição do amor entre o noivo e a noiva, o que parecia um retrato de um desejo ardente e inabalável. As comparações poéticas de beleza e carinho deixavam claro que o amor descrito era tanto uma experiência física quanto uma conexão espiritual profunda.
"Qual é a essência desse amor? Se é verdadeiramente divino, deve haver algo mais além da pura atração física. Deve haver uma conexão que transcende o tempo e o espaço."
As palavras reverberaram dentro dele, criando um eco de sentimentos contraditórios. Amor e violência, duas forças poderosas e destrutivas, entrelaçadas de uma forma que ele, um ser de trevas, mal podia entender.
Ele fechou o livro e levantou-se, com a mente cheia de pensamentos novos e conflitantes. Se o amor podia ser tão poderoso e transformador, talvez houvesse algo mais além da escuridão que ele conhecia. Mas o espectro sabia que essa jornada de descoberta era perigosa, pois ele estava brincando com forças que poderiam ser tão devastadoras quanto ele mesmo.
Enquanto saía da biblioteca, ele murmurou para si mesmo, como se estivesse fazendo uma promessa:
Espectro: "Se o amor é um farol fixo, então eu preciso entender essa luz. Talvez, apenas talvez, haja redenção para alguém como eu."
Os dias se passaram e o espectro questionava ele mesmo. O que é isso que sinto por ela? É estranho e perturbador. Como posso ser afetado por uma criatura tão cheia de luz, quando minha essência é feita das trevas? Ele se via obcecado por sua presença, sua voz, sua essência. Era como se ela fosse a única luz em seu mundo de sombras, uma luz pela qual ele ansiava desesperadamente, mesmo que isso significasse desafiar sua própria natureza. Sem saber como se confortar com tantos sentimentos, foi a um PUB rustico e ao entrar se dirigiu para o balcão, seu olhar frio e calculista observando as pessoas ao seu redor. Enquanto os clientes bebiam e conversavam, o espectro procurava algo para aliviar sua crescente frustração e confusão interior.
Espectro (para o barman): "Um uísque, por favor. E faça com que seja forte."
O barman, um homem de meia-idade com um olhar cansado, preparou a bebida e a entregou ao espectro. O líquido escuro foi consumido rapidamente, e o espectro sentiu um breve alívio. No entanto, a sensação de inquietação não desapareceu. Ele observou um grupo de homens em uma mesa próxima, rindo e conversando de forma alta.
Sem motivo aparente, o espectro se aproximou deles, suas emoções e intenções confusas e incontroláveis.
Espectro (com uma voz carregada de tensão): "Vocês parecem estar se divertindo muito."
Os homens, um pouco surpresos com a intrusão, olharam para ele com uma mistura de curiosidade e desdém.
Homem 1: "E quem é você seu merdinha para interromper nossa diversão?"
Espectro (sem paciência): "Alguém que está procurando um pouco de... diversão também."
Espectro: Me fala ai como vocês podem ser tão feios e sem valor nenhum?
Homem 2 (levantando-se e empurrando o espectro): "Você está pedindo para apanhar, cara."
O espectro reagiu de forma violenta, empurrando de volta e começando uma briga que rapidamente tomou conta do bar. As cadeiras foram derrubadas, e os clientes começaram a se afastar, gritando e tentando proteger-se da confusão crescente. O barman tentou intervir, mas o espectro, em sua fúria, estava fora de controle.
Espectro (gritando): "Vocês não têm ideia do que estão lidando!"
Ele foi capaz de derrubar um dos homens e, com uma precisão cruel, começou a socar e chutar, sua força amplificada pela possessão. A luta estava feroz e cheia de raiva, e o espectro não parecia ter limites. Um dos homens saiu correndo do bar, então o espectro foi atrás dele, o homem corria rápido e desesperado, e de repente tropeçou, caindo no chão, dando tempo do espectro alcançar. O espectro agarrou ele pelo colarinho e o ergueu, seus olhos cheios de uma crueldade implacável. Ele começou a socar, suas mãos firmes ,espancou ele até a morte.
Saiu daquela cena, e foi para seus aposentos , ao chegar viu todas as suas presas amarradas no porão da sua casa inclusive crianças, ele estava criando uma fazenda humana aprisionando várias pessoas para algo que tinha em mente, adormeceu ali mesmo. . A noite para ele foi para lembrar quem ele ainda era.
No outro dia saiu cedo para tentar encontrar Elena. Quando viu ela entrando em um McDonald's em busca de um momento de descanso em meio ao caos de sua vida tumultuada. Enquanto ela esperava na fila para fazer seu pedido, seus olhos se encontraram com os de um homem misterioso, que estava sentado em uma das mesas próximas.
Elena: (sorrindo timidamente) Desculpe, está ocupado aqui?
O espectro minimalista, disfarçado na forma de um homem comum, olhou para cima, surpreso por ser abordado.
Espectro: (sorrindo levemente) Não, fique à vontade para se juntar a mim. O lugar está vazio de qualquer maneira.
Elena se aproximou da mesa e se sentou, sentindo uma estranha sensação de familiaridade com o estranho à sua frente.
Elena: Eu sou Elena. E você?
Espectro: (com uma risada suave) Chame-me de Alex. É um prazer conhecê-la, Elena.
Conforme conversavam, Elena sentia-se cada vez mais à vontade na companhia de Alex, como se estivesse falando com um velho amigo. Eles compartilharam histórias sobre suas vidas e seus sonhos, criando um vínculo inexplicável que os unia.
Elena: Você é diferente, Alex. Parece que você tem um conhecimento profundo sobre as coisas.
Espectro: (com um brilho misterioso nos olhos) Talvez eu tenha visto mais do que a maioria das pessoas. Mas você também tem algo especial, Elena. Uma luz que brilha dentro de você.
Enquanto conversavam, o tempo parecia parar ao redor deles, criando um momento único de conexão e compreensão mútua. No entanto, o espectro minimalista sabia que essa conexão era mais do que apenas coincidência - era o começo de algo maior, algo que mudaria o curso de suas vidas para sempre.
Todos os dias Alex visitava Elena em seu trabalho, passeavam até o caminho da sua casa, foi criando uma relação. Até que um dia o espectro pensa em convida-la para sair.
Sentado numa cafeteira, ele ver o momento ideal para o convite.
Alex: Pensei em algo, poderíamos quem sabe ver um Show, vai acontecer hoje.
Elena: Eu mal te conheço e você já me chama para Sair? - Ela riu.
-Alex: Acho que não tem tempo para quando pode existir uma conexão.
Elena: Um show de rock? Isso soa incrível! Deixa eu pensar. Você é quem mesmo?
Alex: Apenas um cara comum convidando uma linda mulher
Elena: Você pode ser um assassino, você não faria nenhum mal comigo, né?
Alex: Lógico que farei - (ele riu ironicamente), não estou falando sério. Não vou fazer nada. Sou inofensivo.
Elena: Não faria isso, mas algo me diz para aceitar.
Alex: Ótimo! Vai ser uma noite para lembrar.
Ás 22:00 hr Alex estava em sua porta e se dirigiram ao local, ao chegar viram uma multidão de gente, tiveram que esperar por uns 25 minutos na fila, enquanto Elena falava como era trabalhar de corretora de imóvel, ao entrar uma energia vibrante da música alta e das luzes pulsantes controlaram os dois.
Alex segurou a mão de Elena e a puxou para a pista de dança.
Alex: Vamos lá, dance comigo.
Elena se deixou levar pela música, movendo-se no ritmo da batida ao lado de Alex. A proximidade entre eles era intoxicante, e Elena sentiu o calor de seu corpo enquanto dançavam juntos.
Elena: Isso é incrível!
Alex: Você é incrível, Elena.
Os olhos deles se encontraram em meio à multidão, faíscas de desejo passando entre eles. Em um momento de impulso, Alex puxou Elena para um beijo apaixonado, seus lábios se encontrando em emoção em um ato verdadeiro de amor.
Depois do show, Elena convida para ele ir até a sua casa, mas que eles pudesse ir caminhando, ela então retira um fone de ouvido sem fio conecta ao seu celular e enquanto vagavam pelas ruas, uma melodia toca, "Let It Be" uma música como se fosse um lembrete sussurrado de esperança em meio ao caos.
Enquanto as notas suaves da guitarra e a voz suave do vocalista preenchiam o espaço ao seu redor, Elena sentia uma sensação de calma envolvê-la, como se a própria música estivesse acalmando as tempestades dentro de sua alma. Ele olhou para ela e lembrou de quando quis mata-la e agora apaixonado, seria ela sua salvação? Seu amor? Ela seria capaz de mudar sua natureza?
Eles continuaram a caminhar pelas ruas escuras, envolvidos pela melodia tranquilizadora dos Beatles, por um breve momento ele esqueceu quem ele era e o que ele tinha feito. Ao chegar na casa de Elena consumidos de tesão que ardia entre eles. No calor do momento, seus corpos se uniram em uma dança frenética de desejo e luxúria, cada toque e cada gemido aumentando a intensidade do prazer que compartilhavam. Um sexo verdadeiramente forte e cheio de paixão. Alex beijava todo seu corpo enquanto tirava suas roupas, enquanto as unhas de Elena penetrava sua pele, e os corpos se uniam.
Elena: Oh, Alex...
Alex: Elena...
Suas palavras foram interrompidas por gemidos de prazer enquanto se entregavam um ao outro, perdidos no êxtase do momento. Eles exploraram os limites de seus desejos mais profanos, o espectro ansioso enquanto Elena entregue de tesão, ele a penetrou enquanto puxava seus cabelos, a chama entre os dois era real, a cada toque despertava uma sensação diferente de amor e prazer, Elena arranhava as costas de Alex, enquanto ele a pegava firme e forte. Horas depois exausto caíram no sono naquela noite sinuosa.
Alex acordou na madrugada, aquele ser percebeu que poderia ser bom, que nem mesmo o inferno pode ser mais forte que o amor, ficou encrencado, se vestiu e sabia que precisava sair dali, pois seus instintos violentos poderia fazer algum mal para Elena, ao abrir a porta da frente para sair da casa dela, foi surpreendido por um soco tão forte que caiu na calçada.
Três Semanas antes...
Jornal Nacional - Mais uma pessoa desaparecida na cidade de Taguatinga, agora a pequena Suzy Moraes, filha do deputado Eduado Moraes. - Era a principal manchete.
Taguatinga não era mais a mesma, as pessoas sentiam medo em sair de casa, sabia que qualquer hora poderia desaparecer ou acabar sendo morta misteriosamente. Até mesmo os mais céticos sabiam que algo estranho acontecia naquela cidade. Mas dessa vez o espectro não esperava que seria caçado e que encontraria um homem tão cruel quanto ele e sem medo.
O detetive Samuel, um homem atormentado por seus próprios demônios interiores e sua luta contra a fé. Além de seu alcoolismo extremo e sua capacidade de encontrar pessoas, fazia de tudo até mesmo ir aos abismos mais cruéis para cumprir com seus deveres. Samuel tinha sido contratado para encontrar uma criança desaparecida, seus pais acreditava que ainda estava viva, uma tarefa que o levou a cruzar o caminho do espectro minimalista.
Determinado a salvar a criança, Samuel mergulhou na investigação, seguindo as pistas sombrias que o levaram ao encontro do mal em sua forma mais pura.
Depois de dias de pesquisa minuciosa, ele finalmente encontrou uma conexão que o levou ao espectro minimalista.
Samuel: (ao telefone) Alô, é o detetive Samuel. Karém Eu preciso que você rastreie o histórico de propriedade desse edifício abandonado no centro da cidade. Há rumores de atividades suspeitas ligadas a uma seita obscura que operava lá anos atrás.
Com a ajuda de Karen uma investigadora particular de confiança, se aprofundou no caso.
A investigadora, conhecida por sua sagacidade e determinação, mergulhou profundamente no caso do espectro indo atrás de pistas das primeiras vítimas foram descobertas em Taguatinga. Consciente da complexidade do mistério diante dela, ela sabia que cada detalhe, por menor que fosse, poderia ser crucial para desvendar o enigma.
Inicialmente, ela começou a rastrear os padrões de comportamento das vítimas e a examinar os locais dos crimes em busca de qualquer pista que pudesse revelar a identidade do assassino ou suas motivações. Em uma tarde chuvosa, ela chegou a uma antiga biblioteca da cidade, a biblioteca da praça em Taguatinga Sul onde esperava encontrar informações sobre grupos religiosos que poderiam estar relacionados aos assassinatos. Primeiramente tentou contato com alguns poetas que ficavam por lá na academia de letras da cidade, mas sem sucesso nenhum daqueles velhos abriu o bico. Vendo que não teria sucesso entrou na biblioteca.
Investigadora: (a bibliotecária) Boa tarde. Estou buscando informações sobre qualquer grupo religioso ou culto que tenha alguma história na região de Taguatinga, especialmente aqueles com práticas ou crenças fora do comum.
Giselle, uma velha de pele suja, rosto enrugado, cabelo curto e maltratado, lábios cortados por uma cicatriz, um cheiro de cigarro impregnado em seu vestido velho de seda e olhos profundos carregado de olheiras: Hmm, interessante. Deixe-me verificar nossos registros antigos. Talvez haja algo que possa ajudá-la.
Enquanto o bibliotecário buscava nos arquivos empoeirados, a investigadora examinava os livros e documentos nas prateleiras, procurando por qualquer pista que pudesse revelar a verdade por trás do desaparecimento da garotinha.
De repente, uma capa de livro chamou sua atenção. Era um volume antigo, coberto de poeira e esquecido nas prateleiras há anos. Ao abri-lo, a investigadora encontrou referências a uma seita misteriosa que havia sido associada a atividades suspeitas na região de Taguatinga no passado.
Investigadora: (examinando o livro) Interessante... Parece que encontrei algo. Uma seita oculta, conhecida por seus rituais sombrios e práticas obscuras. Parece que estavam ativos nesta área há décadas. Seguidores do Espectro, sabe algo sobre isso?
Giselle: (surpreso) Uma seita, aqui em Taguatinga? Isso é preocupante. Por que dessa sua curiosidade? Alias qual seu nome?
Investigadora: Me chamo Karen, sou uma investigadora, e sua pergunta não terá resposta.
Giselle: Isso é algo sobre os assassinatos e desaparecimento daquela garotinha? Todos os jornais estão falando sobre isso.
Investigadora: (com determinação) Não tenho certeza ainda, mas acho que é um ponto de partida. Preciso encontrar mais informações sobre essa seita e descobrir se ainda estão ativos na cidade. Agora preciso ir.
Após encontrar as pistas na biblioteca, a investigadora saiu apressadamente, com a mente cheia de pensamentos e possibilidades fez alguns contato e descobriu mais a respeito principalmente de uma senhora que era proprietária de um prédio antigo onde os fieis da seita se reuniam. Sacando seu celular, ela discou rapidamente o número do detetive.
Investigadora: (ao telefone) Detetive, sou eu. Eu encontrei algo. Estava investigando na biblioteca e encontrei referências a uma seita oculta que operava nesta área há décadas. Parece que eles estavam envolvidos em atividades suspeitas e rituais sombrios.
Samuel: Obrigado, isso me esclarece muitas coisas, vou vasculhas algumas informações e seguir vendo o que consigo encontrar.
Samuel rastreou os registos que remontavam anos atrás, revelando uma história sinistra de culto e rituais obscuros. De repente seu telefone toca.
Investigadora: Encontrei algo, detetive. Este edifício pertencia a uma mulher que fazia parte da seita conhecida como "Os Seguidores do Espectro". Parece que eles estavam envolvidos em práticas ritualísticas estranhas e perigosas usando um livro chamado A Chave de Salomão.
Samuel: (murmurando para si mesmo) Os Seguidores do Espectro... Eu ouvi falar deles antes. Eles são conhecidos por seus rituais macabros e pela busca do poder através das trevas.
Samuel: O que descobriu sobre essa chave de Salomão Karen?
Investigadora: Dizem que a chave de Salomão contém segredos obscuros, é um portal para os reinos além do conhecimento humano, um símbolo de poder e autoridade sobre os segredos ocultos do universo. Onde pode liberar seres malignos. Para falar a verdade Samuel, não acredito em nada disso. Porém tem muitos fanáticos que são obcecados por isso.
Aqueles que buscam a chave de Salomão são atraídos pela promessa de poder sobrenatural e controle sobre as forças ocultas que habitam nas sombras. Você bem sabe que tipo de pessoas pode atrair isso.
Samuel: Obrigado Karen.
Enquanto Samuel mergulhava mais fundo na investigação, ele descobriu uma ligação surpreendente entre a seita e uma jovem chamada Lisa, uma das primeiras vítimas .
Samuel vai até seu escritório, tinha acabado de receber arquivos valiosos para a investigação onde continha o desaparecimento de Lisa... Parece que ela era uma das seguidoras antes de desaparecer misteriosamente pelo que relata, mas isso não se encaixa, ela nunca teve um histórico com nenhum rito religioso. Isso aqui tem cara que foi implantado para não encontrar a verdade,
Determinado a descobrir a verdade com a noite envolvendo o ambiente ao redor em um manto de escuridão. Enquanto dirigia, ele mergulhava em seus próprios pensamentos, ouvindo clássicos da música como Michael Bolton em uma tentativa de aliviar sua tensão. Samuel continuou a seguir as pistas. Foi então quando ele resolveu visitar os pais de Lisa,
CSB 03 , Taguatinga- DF.
O detetive bate campainha, e se apresenta.
- Olá me chamo Samuel, estou aqui para falar sobre o desaparecimento de Lisa. Posso entrar? - Ele fala apresentando suas credenciais.
Os pais de Lisa conta que a filha nunca teve nenhum envolvimento com a seita e que a mesma em um domingo desapareceu. Seu amigo Pedro que foi o último a ver ela, mas desapareceu anos atrás misteriosamente, dizem que não tinha família e ninguém próximo a não ser a Lisa que era sua amiga, mas Pedro nunca demonstrou nenhum indicio para isso. - Relataram os pais de Lisa.
- Vocês poderiam por favor me dizer onde ela foi vista pela última vez? - Perguntou Samuel.
- Detetive você não vai querer saber. - Afirmou Elton o pai de Lisa interrompendo a conversa.
-Não fiquem preocupado, quero só ajudar. - Disse Samuel.
-Ela foi vista no prédio antigo. - Disse a mãe de Lisa.
O detetive agradeceu e foi em direção ao edifício. Ao entrar percebeu uma energia maligna, ele não sabia explicar, verificou todo os cômodos, mas nenhum corpo foi encontrado. O espectro tinha feito o trabalho de casa.
Longe dali, o ser maligno fazia mais uma vitima sua.
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Espectro: "Você sente o vazio dentro de si, não é mesmo? A dor que nunca parece desaparecer. Deixe-me ajudá-lo a preencher esse vazio. Deixe-me dar-lhe o poder que você tanto deseja."
O espectro estava em uma boate de sexo, onde pessoas vulneráveis facilitava sua obstinação em se alimentar dessas pobres almas. Ele estava com uma meretriz chamada Sol.
Espectro: Deixe Sol, me permita possuir você.
Sol: Do que você está falando.
Espectro: Apenas diga sim.
Sol: "Não... Eu não posso... Eu não devo..."
Espectro: "Você pode sentir o poder pulsando em suas veias. Abraçá-lo é a única maneira de se libertar da sua miséria."
Enquanto isso, Samuel decepcionado foi atrás de um Padre, não um padre qualquer, era o Sr. Moisés, determinado a encontrar a criança desaparecida e colocar um fim ao reinado do terror. Não teve opção a não ser recorrer ao seu antigo amigo o Padre Moisés.
Já o espectro possuiu o corpo da prostituta, induzindo ela seguir ele até seu casarão. Ali ele prendia todas suas vítimas, recrutavam homens, mulheres e crianças, ele queria montar um exercito e invocar todos os seres malignos, faltava pouco para isso, só alinhar com a data certa e os matérias propícios para o ritual. Estava esperando a próxima estação onde determinadas estrelas alinhavam-se com o tempo necessário para abrir o portal do outro mundo.
Samuel usou seu último recuso foi até a Igreja Luterana na 405 Sul, em que seu antigo melhor amigo celebrava suas missas.
-O que faz aqui Samuel? - Disse o Padre.
-Não ficou surpreso ? - Perguntou Samuel.
Padre: Sabia que viria até mim, estou ciente que está no caso do desaparecimento da garotinha.
Detetive: Como sabe disso? É uma investigação sigilosa.
Padre: O pai da criança é devoto da igreja, ele me contou.
Detetive: Sabe que preciso da sua ajuda, e não vou descansar até você me dizer com o que estou lidando.
Padre: Acredita em Deus, Samuel?
Detetive: Você sabe o que penso a respeito, se existe um Deus ele já nos abandonou faz tempo.
Padre: Pobre Alma, sua fé é algo admirável - Sorriu o Padre.
Detetive: Tem uma seita...- o Padre interrompe. - Cale sua boca, do que você sabe sobre Seita Samuel? - Questionou o Padre.
Detetive: Eu sei que preciso da sua ajuda. Estou lidando com algo sobrenatural Padre ?
Padre: Sim, e só tem um meio de encontrar ele, mas você não vai gostar muito.
Detetive: Me diga e farei.
Padre: Você precisa entrar em contato com o outro mundo, o mundo das trevas, é de lá que ele veio.
Detetive: Você deve achar que sou mais um maluco desses que acredita nisso, já vi que foi perca de tempo vir aqui - Samuel vai saindo da igreja.
Espere - Grita o Padre.
Samuel então olha para trás e ver seu amigo com um olhar profundo, ele percebeu que ele estava falando a verdade.
Padre: Você quer mesmo salvar essa menina? Então acredite no que estou falando.
Detetive: O que é preciso para falar com esses espíritos?
Padre: Não são os espíritos, mas um em especifico. Venha amanha aqui a meia noite e regate sua fé. Vamos fazer o ritual e você terá uma oportunidade.
Durante seus anos no seminário, Padre Moisés foi enviado como missionário para uma região assolada pela guerra, onde ele testemunhou em primeira mão os horrores da violência e da destruição. Em meio ao caos da guerra, Padre Moisés buscava oferecer conforto e apoio espiritual às vítimas do conflito, ajudando a aliviar sua dor e sofrimento. Foi durante uma dessas visitas a uma vila devastada pelo conflito que ele teve seu primeiro encontro com os seguidores da seita.
Ao chegar à vila, Padre Moisés foi confrontado com uma cena de horror indescritível. Os corpos de homens, mulheres e crianças jaziam espalhados pelas ruas, vítimas da brutalidade dos seguidores de uma seita. A tal seita os seguidores do espectro. Ao longo dos anos, Moisés aperfeiçoou suas habilidades, dedicando-se diligentemente ao estudo e à prática das artes arcanas . Ele aprendeu a respeitar e temer o poder dos espíritos, compreendendo que o conhecimento do outro mundo vinha com um preço alto.
No entanto, o padre também descobriu que o poder do outro mundo poderia ser usado para o bem, para ajudar aqueles que estavam em necessidade e para combater as forças das trevas que ameaçavam a paz e a segurança da humanidade.
Naquele momento o destino dos três estava prestes a se entrelaçar em um confronto épico que determinaria o destino de suas almas e o equilíbrio entre a luz e a escuridão.
No dia seguinte Samuel foi até a casa dos pais de Lisa novamente, para sua surpresa eles tinham se mudado. Os vizinhos relataram que um político famoso foi até a casa dele e depois daquilo resolveram mudar. O detetive foi até seu escritório, fez algumas ligações, leu novamente todos os relatórios da investigação, cruzou os dados e descobriu que parte das vitimas que sumiram eram parentes ou pessoas próximas de políticos. Foi então que foi até a casa do Deputado Moraes.
Ao chegar bateu na porta, quando o deputado abriu enfiou um soco, e proferiu:
-Seu canalha fale toda a verdade, vocês estão envolvidos nisso. - Pegou sua arma e colocou na cabeça de Moraes. Você tem 1 minuto para decidir se vai me contar ou vou estourar seus miolos.
Deputado: Parece que estamos em uma posição complicada. Os relatórios sobre os crimes na cidade estão se tornando cada vez mais difíceis de esconder.
Detetive: Concordo. Vai falando logo seu Bosta.
Deputado: Precisamos agir rapidamente para proteger essa cidade. Temos o espectro nos nossos calcanhares , esse ser , homem parte demônio, e pode acreditar ele não é desse mundo, a anos ele controla essa cidade, quando eu falei que não faria mais o que ele pedia, ele resolveu captura minha filha.
Detetive: E por que mesmo ele pegou sua filha o que você negou a fazer?
Deputado: Ele queria que eu escondesse cada vez mais seus rastros, todos estão na mão dele, eu disse que ele deveria parar, ir para outra cidade, outro estado ou país. Ele riu e foi embora.
Deputado: O que mais podemos fazer? Ele tem poder e influência sobre nós. Talvez possamos convencê-lo a nos deixar em paz em troca de algo que ele queira.
Detetive: Não isso já foi longe demais, ele tem que parar.
Deputado: Talvez ele queira que abafemos ainda mais os relatórios sobre seus crimes. Ou talvez ele queira favores políticos em troca de manter-se oculto.
Detetive: Você é um covarde Moraes, me contratou por que não tem cunhão suficiente para encarar. Ele vai morrer. Mas lembre-se você foi o causador do sofrimento da sua filha e de tantos outros que estão desaparecidos ou morreram. Vocês políticos me enoja.
Deputado: Vou te contar uma historinha. Um dia estava numa reunião com vários lideres ele apareceu, imagina na sua mente, todo mundo bebendo e felizes, ele entrou nu, e foi em direção de um dos parlamentares, ele o estripou ali na nossa frente. Saiu sorrindo, bebeu da nossa bebida e falou se um dia alguém desobedecesse ele novamente seria o mesmo castigo.
Samuel, então sai de lá e vai até a Igreja, a meia noite conforme combinado.
O Padre Moisés também conhecedor dos ensinamentos cabalista invocou o espirito enquanto Samuel esperava. As luzes apagaram... E um grito:
- O que queres comigo mortais? - Um ser maligno em forma de gente , nu e de pele branca , apareceu.
Samuel : Quero saber sobre esse ser que captura almas aqui na minha cidade se encontra. Pode ir falando logo?
- Mortal, você deveria morrer aqui e agora, me tirou do meu mundo para isso? - Disse o ser maligno.
Samuel: Você tem medo dele?
Cale a boca , eu não tenho medo. - Gritou o ser maligno.
Samuel: Me diga onde ele se encontra, vamos fale, onde?
Padre: Você precisa cumprir com seu dever ser das trevas, você foi invocado e agora precisa responder.
Ser Maligno: E qual o sacrifício vocês estão dispostos a fazer?
Padre: Você está querendo um contrato?
O ser maligno, intrigado pela determinação de Samuel, ofereceu-lhe um acordo: em troca de informações sobre o paradeiro do espectro minimalista, Samuel teria que realizar uma tarefa sombria em seu nome, como matar um homem. Relutante, mas desesperado para encontrar a criança, Samuel aceitou o acordo, mergulhando cada vez mais fundo na escuridão. Saiu dali e foi atrás da sua missçao, pegou sua arma e um silenciador, ambos essenciais para garantir que o trabalho fosse feito sem chamar a atenção. Seu semblante era de determinação, mas seu olhar mostrava sinais de um profundo conflito interno.
Ao finalizar sua tarefa e ver aquele homem deitado no chão morto recebeu uma ligação;
Detetive: Alô?
Investigadora: Aqui é a Karen, Samuel estranhamente recebi um telefonema anônimo, falado que você deveria ir em um endereço.
O acordo tinha sido concretizado e Samuel recebeu o que pediu o paradeiro do espectro.
Foi até o local. Ele esperou o ser sair da casa de Elena e enfiou um soco. Quando o ser se deu conta o Padre que acompanhava o detetive lançou vários feitiços brutais na tentativa de aprisionar o ser. Ele imediatamente com uma força descomunal derrubou os dois e correu.
Ao chegar em seu esconderijo , tentou entender o que aqueles dois homens estavam fazendo atrás dele e como tinha sido descoberto e como eles tinham as palavras e rituais certos para derrotar ele, mas algo ainda mais intenso o preocupava, a princípio, ele resistiu a esse sentimento desconhecido, consciente de sua própria natureza maligna e do perigo que representava para ele, mas ele pela primeira vez sentiu que se importava com alguém.
O detetive e o Padre não alertaram Elena, esperava que os dois se encontrassem novamente, mas o Espectro sabia que poderia colocar a vida de Elena em Risco.
Roma - Ítalia 00:30 hr.
Alguns fieis se reúnem na Basilica di Santo Stefano Rotondo al Celio . Os seguidores do espectro se organizavam secretamente, cada um deles vestido com túnicas escuras e capuzes que ocultavam seus rostos na penumbra da noite.
À luz de velas tremeluzentes, eles se ajoelharam em reverência diante do altar sombrio, onde uma imagem sinistra do espectro era exibida. Foi nesse momento durante o ritual secreto, realizado debaixo da igreja pela escuridão da noite, que os seguidores receberam a terrível revelação de que o espectro havia sido libertado de sua prisão infernal. No mesmo momento decidiram vir até o Brasil.
Cuidadosamente partiram de Roma sob o manto da escuridão, embarcando em direção ao Brasil. Ao desembarcarem em Brasília, a capital do Brasil, os seguidores do espectro mergulharam na cidade como sombras na noite, invisíveis aos olhos dos inocentes que cruzavam seus caminhos. Com uma determinação implacável, eles começaram a vasculhar os recantos mais obscuros da cidade, em busca de pistas que os levariam ao espectro e à realização de seu sombrio propósito.
Alguns se infiltraram em bares e casas noturnas frequentadas por indivíduos de moral duvidosa, buscando informações em meio ao caos das multidões e à névoa de fumaça e álcool. Outros se aventuraram nas ruas escuras e becos sombrios, onde sussurros suspeitos e olhares furtivos indicavam a presença de atividades clandestinas.
Algumas semanas se passaram e Karen quem primeiro ouviu murmúrios sinistros sobre a chegada iminente dos seguidores do espectro.
Karen estava em seu apartamento sobre a estranhesa de uma noite fria, tirando a sua infelicidade num ato de sexo violento com um de seus colegas de trabalho, quando seu telefone celular começou a tocar, rompendo aquele ato estridente. Ela pegou o aparelho rapidamente, reconhecendo o número de um de seus informantes confiáveis.
Alô?", ela atendeu, sua voz uma mistura de curiosidade e cautela.
"Karen, sou eu", disse a voz do informante do outro lado da linha, carregada com uma urgência palpável. "Preciso te contar algo importante. Estou trabalhando no Fun Haus Club, e algo muito estranho está acontecendo aqui."
"Pessoas estranhas apareceram aqui", continuou ele, sua voz soando tensa. "Elas estão fazendo perguntas sobre uma seita. Você não estava trabalhando em algo a respeito de uma seita?
Uma sensação de alarme percorreu o corpo de Karen enquanto ela processava as informações. Ela sabia que aquilo poderia estar relacionado aos seguidores do espectro que haviam chegado recentemente a Brasília.
"Você viu alguma coisa mais?", perguntou Karen, sua mente girando com possibilidades.
Informante: Preciso desligar.
Karen: Espere. (de repetente a ligação cai).
No dia seguinte Samuel ao receber a informação de KAREN e lê novamente os relatórios sobre o envolvimento da Seita, convence o Padre que deveriam agir contra a leis dos homens, pois poderia desencadear em algo muito além do que estavam preparados. Depois de uma serie de ligações, finalmente conseguiu o endereço dessas aberrações e foi atrás de cada integrante e os assassinaram. O primeiro confronto ocorreu em uma rua escura nos arredores da cidade onde o detetive covardemente atinge com uma facada pela costa um deles. O segundo confronto aconteceu em um beco esquecido, onde mais seguidores estavam reunidos em segredo, sem dó disparou tiros neutralizando mais quatro seguidores e por último , ocorreu em um antigo armazém abandonado, onde os seguidores do espectro estavam planejando seu próximo movimento.
Agora atrás do espectro, o detetive não tem saída a não ser usar Elena. Usa do poder policial e de sua influência e recebe a permissão de prende-la. Assim atraindo a atenção do espectro.
O espectro se encontrava em um estado de agitação extrema, com as sombras da dúvida e da ansiedade o envolvendo como uma névoa sufocante. Sua mente, normalmente imperturbável e controlada, estava agora em tumulto, atormentada por pensamentos e emoções que ele lutava para compreender e controlar.
"Não posso deixá-la", murmurou o espectro para si mesmo, sua voz ecoando no vazio de sua mente. "Ela é minha, ela me pertence. Eu não posso perdê-la."
Seus pensamentos eram uma confusão caótica de raiva, ódio e desejo, cada emoção lutando por domínio sobre sua consciência fragmentada. Ele sentia-se consumido pela necessidade desesperada de possuir Elena, de mantê-la ao seu lado a qualquer custo, mesmo que isso significasse sacrificá-la em um mar de trevas e desespero.
Em um último ato de desespero e sacrifício, o espectro minimalista vai ao encontro do Padre e o Detetive o qual os dois já o esperavam na Igreja, assim o espectro o enfrentando-os. Ele sabia que não poderia permitir que Elena fosse envolvida em seu mundo de trevas e sofrimento e que os dois precisavam morrer.
Mas o que o espectro nunca entendeu é que a força do bem, jamais seria derrotada, o Padre Moisés rogou aos anjos divinos ajuda pedindo força. O Padre fez um feitiço que impedia que o espectro pudesse entrar em seus corpos. O Detetive e o Espectro ainda no corpo de Alex brigam, uma batalha violenta, o espectro percebeu que não poderia entrar no corpo do detetive, avançou então de imediato com uma velocidade sobrenatural, seus movimentos eram rápidos e fluidos, como uma sombra em movimento. Samuel desviou de um soco veloz, sentindo o vento passando por seu rosto. Ele girou sobre os calcanhares, preparando-se para um contra-ataque. O som seco do soco do espectro atingindo uma caixa metálica reverberou. Enquanto isso o Padre conjurava um ritual para mandar ele de voltar ao mundo dele No calor da batalha final, o espectro começou a sentir sua dimensão chamando ele, resistindo enquanto socava o detetive, seria esse o final de Samuel? Então desvaneceu-se, sua forma etérea se desintegrando lentamente até desaparecer completamente, e o corpo de Alex estendido sobre o chão não resistiu. Com sua destruição, o mal que ele representava foi banido, deixando para trás apenas lembranças dolorosas e o vazio da perda.
Elena recebeu dois dias depois uma carta misteriosa, cujo conteúdo revelava segredos sombrios. Suas mãos tremiam enquanto desdobrava o papel, cujas palavras carregavam o peso do arrependimento..
As letras manuscritas revelavam o paradeiro do esconderijo onde o espectro minimalista mantinha suas vítimas. Mas o que mais a chocou foi o conteúdo emocionalmente carregado da carta.
O espectro expressava seu profundo remorso por seus atos malignos, confessando ter implorado por perdão a Deus. Ele descrevia o peso esmagador de sua culpa e o desejo ardente de se redimir de suas transgressões.
No entanto, entre as palavras de arrependimento, havia um sentimento complexo e contraditório em relação a Elena. O espectro admitia sentir um misto amor por ela, uma dualidade que o consumia por dentro e o fazia questionar sua própria natureza.
Elena sentia seu coração se contorcer de emoções conflitantes ao ler a carta, lutando para reconciliar a visão do ser maligno que assombrava seus pesadelos com a imagem de alguém que buscava a redenção. Ela sabia que a batalha entre o bem e o mal estava longe de ser resolvida, e que o destino de ambos estava entrelaçado de uma maneira que ela mal compreendia.
Com um suspiro pesado, Elena ligou para a policia, sabendo que o caminho à frente seria difícil . Mas, apesar de tudo, havia uma esperança em seu coração, uma crença de que mesmo os seres mais sombrios poderiam encontrar a luz se buscassem com sinceridade o perdão e a redenção.
Na manchete principal do jornal, em letras grandes e marcantes, lia-se: "Serial Killer Finalmente Capturado: Horríveis Crimes do Espectro Minimalista Revelados!"
A manchete estava acompanhada por uma foto sombria do local do crime, onde as autoridades haviam descoberto as vítimas do espectro minimalista. As imagens mostravam o cenário macabro, com as silhuetas dos investigadores circulando os corpos das vítimas, envoltos em uma cena de horror e desolação.
A matéria detalhava os terríveis crimes cometidos pelo espectro ao longo dos anos, descrevendo os métodos brutais usados para assassinar suas vítimas e espalhar o terror pela cidade. Testemunhos de sobreviventes foram calados , não podiam falar sobre qualquer ato sobrenatural.
O jornal relatava os esforços heroicos das autoridades para capturar o assassino, destacando a dedicação incansável do detetive e policiais que trabalharam incansavelmente para trazer justiça às vítimas e suas famílias. Detetive entregou com vida a filha do deputado.
Enquanto a cidade absorvia a chocante revelação de que o mal havia sido derrotado. O detetive foi novamente até seu amigo Padre Moisés. Encontrou o Padre na Igreja e foi ao confessionário:
Samuel: Tenho questionado a existência de Deus. Como um ser benevolente pode permitir tanto sofrimento e maldade neste mundo?
Padre: Ah, as perguntas difíceis que todos nós enfrentamos em algum momento. Deus existe e Ele age de várias formas. Você precisa confiar, isso requer fé.
Samuel: Mas como podemos reconciliar o amor de Deus com o sofrimento que vemos todos os dias?
Padre: Na Carta de Paulo aos Romanos, no capítulo 8, versículo 28, está escrito: "Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito." Nosso entendimento é limitado... Se permitir ele ser Deus na sua vida verá que ele vai revelar para você toda a sua bondade e aos poucos vai entender que tudo no final tem um sentido.
Samuel: Entendo... Mas como podemos encontrar paz em meio a tanta dor?
Padre : Em Filipenses 4:7, encontramos consolo: "E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus."
Detetive: Eu matei homens Padre , eu fiquei obcecado em encontrar a criança que outra pessoa pagou o preço.
Padre: Peça perdão com todo seu coração, e permita Ele ser Deus na sua vida, e pague pelos seus crimes. E tenha fé, você pode encontrar uma paz que vai aliviar sua alma, em Jesus.
Enquanto as palavras de conforto do padre ecoavam em sua mente, saiu do confessionário e foi diante do altar, ajoelhando-se em busca de redenção.
Com a cabeça inclinada e as mãos unidas em oração, Samuel fechou os olhos e deixou que suas lágrimas caíssem livremente. Ele confessou seus pecados em voz alta, deixando que as palavras fluíssem de sua alma atormentada.
Samuel: "Senhor, peço perdão pelos meus pecados. Pelas vidas que não consegui salvar, pelas vidas que tirei, pelos erros que cometi em busca da verdade. Sinto-me perdido, Senhor, incapaz de encontrar o caminho certo."
Suas palavras eram um murmúrio que se misturava ao silêncio solene da igreja, uma confissão silenciosa de suas falhas e fraquezas. Ele implorava por orientação, por uma luz para iluminar o caminho obscuro que ele tinha trilhado.
Samuel: "Ajude-me a encontrar a verdade, Senhor, mesmo que isso signifique enfrentar as consequências de meus próprios atos. Dê-me forças para fazer o que é certo.
À medida que as palavras saíam de seus lábios, Samuel sentiu um fardo sendo levantado de seus ombros. O Perdão. Ele entendeu que precisava mais do que acreditar ser um homem de fé e que sua jornada só estava começando.
FIM....