Viciante.
Meia-noite e as luzes do apartamento de número 43 foram acessas, um apartamento de solteiro e com poucos móveis. Uma sala ampla com um tapete na cor cinza, mas que agora estava vermelho, e a água que escorria do par de mãos que estavam sendo lavadas no banheiro também era vermelha. O homem, de uma estatura alta, saiu de dentro do banheiro e deus passos curtos até chegar na porta da frente. Fechou a porta e saiu pela saída dos fundos do prédio, ele evitou todas as câmaras.
O ASSASSINO NOTURNO ATACA NOVAMENTE!
Dizia a noite na manhã seguinte, a vítima, uma mulher de vinte e sete anos, havia sido assassinada no seu próprio apartamento. Em um prédio de luxo da avenida principal de São Paulo, capital, mas como ela havia sido assassinada?
Quem poderia fazer uma crueldade dessas? E por quê?
Ela era estudante da faculdade, e não tinha nenhum defeito aparente. O crime teve um requinte de crueldade adicional nele. Uma mecha do cabelo da vítima havia sido arrancada, Ele havia levado uma lembrança, será que ele era um assassino em série? Os policiais não sabiam responder às perguntas dos repórteres, e o chefe da homicídios estava perplexo em como um simples caso de assassinato havia se tornado, uma caçada por um assassino em série que matava sem deixar pista nenhuma. Somente o corpo para trás.
Naquela noite, Eduardo estava em um bar de esquina, frustrado e com mil coisas na cabeça. Primeiro o cunhado que foi morar com ele e a sua esposa, e agora a notícia que ele seria pai. E para fechar a semana com chave de ouro, um assassino em série solto pela cidade.
Enquanto ele bebia, uma cerveja gelada e comia uma porção de batatas fritas, uma mulher de vestido vermelho sentou-se ao lado dele, e disse.
— Dia difícil?
— Você nem imagina o quanto foi difícil.
— Ela descobriu sobre nós dois?
— Não sei, ela trouxe o irmão esquisito para morar conosco.
— E a gravidez?
— Você veio para trabalhar como repórter hoje?
— Não. Eu somente quero saber como foi seu dia?
— Uma merda, vamos para sua casa hoje?
Era isso mesmo, o policial Eduardo tinha um caso, com uma repórter da cidade que devia ser somente a sua informante, e nada mais. e enquanto ele atravessava a cidade para ficar com ela mais uma vez naquela semana, um homem misterioso observava os dois saírem do bar e irem em direção ao carro da mulher de vestido vermelho.
Na manhã de segunda-feira a delegacia estava a toda, o prefeito queria a solução do caso do maniaco enquanto antes, e para isso contratou especialistas em crimes desse tipo, e um especialista chamava muita atenção. Ele era um homem alto e estudava muito sobre os psicopatas.
Ele era calado e tinha um passado muito estranho, e doloroso também. Aos quatro anos viu o pai assassinar a sua mãe na frente dele. E ainda o fez beber o sangue dela, dizendo ser um sacrifício que o Deus dele estava ordenando, a polícia chegou antes que ele pudesse matar o próprio filho. Impedindo assim uma desgraça maior, as apresentações foram feitas e os policiais estavam passando todos os dados recolhidos até aquele instante e repassando para os especialistas.
No final da reunião, o especialista em psicopatas mostrou a que veio. Apontando para os policiais a seguinte pista.
— Todas as mulheres, tem vinte e sete anos.
— Disso nós já sabemos.
— O que não sabem é o seguinte, todas nasceram no mesmo ano, e mês.
— E dai?
O especialista pediu para os policiais procurarem os hospitais, em que cada uma das mulheres nasceram. E com isso eles teriam um ponto de partida, estavam perto de descobrirem muito mais do que a polícia em três meses, e mais perto do assassino, ou da identidade dele.
Isso era o que eles pensavam, mas, na verdade, o assassino estava mais perto do que eles imaginavam.