Sombra da madrugada.
Olhar o amanhecer do dia tem sido uma rotina. Enrolada em lençóis grossos e quentes, nessa época fria do interior, tem sido aconchegante. Meu corpo desperta em meadas madrugada e minha mente detesta isso. Ao abrir os olhos, tudo ainda está embaçado, notei que o dia ainda não havia amanhecido, tudo estava escuro. Ao deitar para o lado direito da cama, noto uma pessoa parada a um raio de 8 metros de distância. Penso rápido, querendo que aquilo não fosse real, pois não havia ninguém em meu quarto. A pessoa estava toda preta, eu não sabia se era homem ou mulher, mas agora pensando, tenho certeza que era homem, pois sua cabeça não tinha cabelos longos e sua fisionomia era robusta. Pisquei três vezes e ele ainda continuava lá, parado, apenas me observando. Tento colocar em minha mente que nada daquilo era real e assim que pego meu celular na escrivaninha ao lado da cama, a sombra some no mesmo instante. Observei a hora e notei que ainda eram quatro horas e dezesseis minutos, percebo que ainda está cedo e volto a dormir novamente. Ainda continuei sentindo a sensação de alguém me observando, mas não tive mais coragem de olhar. Logo, o sono me envolveu em um aconchegante cochilo e espero que tenha sido apenas uma impressão errada, porém, como nem tudo é como nós queremos, ainda me lembro de tudo que vi assim que acordei e creio eu, que não era uma impressão errada, alguém me visitou nessa madrugada.