NÃO SE PREOCUPEM, EU SOBREVIVI - CAP. 6

A senhora V, estava com um véu na cabeça, e assistia uma missa católica, em uma igreja da zona sul do Rio de Janeiro, seguia todo o ritual estabelecido pelo sistema religioso, de maneira exemplar, porém sua mente pululava de ideias para um novo livro de terror, que escreveria em breve. Ela estava naquela edificação cheia de religiosidade para solicitar bençãos para si, e também para os seus...

Aliás, ela mandou rezar duas missas em intenção de duas almas recém falecidas, e ela sabia que ambas poderiam ter sido vítimas de uma praga, que se iniciou com um boneco...

O mundo sobrenatural tem dessas coisas. E a senhora V nutria respeito pelo arquétipo colorido e descolorido que este estágio da vida humana tem como crença...

Ela tinha muito receio de futuramente se transformar em um fantasma que arrasta correntes, ou canta na Ópera. Durante a missa, sua mente divagou lembrando de Machado de Assis, em uma de suas criações/inspiradas, o personagem Simão Bacamarte. Existem muitas "Casas Verdes" por aí, pensou a escritora, e mesmo as que são pintadas de Rosa, ou Amarelo, guardam suas maldades, ultrajes e conspirações...

Quando o evento terminou, ela saiu lá fora, e chovia, ela se entristeceu, porém tirando o véu lilás, e abrindo um guarda-chuva negro, seguiu seu destino: ir até um supermercado...

Continua no capítulo 7

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 30/01/2024
Reeditado em 29/03/2024
Código do texto: T7988108
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