A ENTREVISTA COM O VAMPIRO 🧛
Você talvez não ousaria,
As minhas pretensões indagar,
Mas agora então saberia
E poderá enfim me entrevistar
Não verá nas suas revistas
Ou na vaga imaginação popular,
Humanos são os parasitas,
Feitos apenas para nos alimentar
Assassinei até meu criador,
Quando abracei a pequena menina
Da peste livrei-a do terror,
Pela imortalidade tudo isso ensina
Pois o sangue será sua vida,
O deleite das entidades imortais
Sugo a seiva de cada ferida
Aguçado pelos instintos imorais
Sugar o pescoço tão estreito,
Fartar-se da iniquidade incólume
Até que seu coração no peito
Morra e então eu sinta o perfume
Da decomposição tão inerte
A alva palidez da inocente presa
Com o diabo talvez se flerte
Imortalidade será minha realeza
Desde o idoso até o menino
O olfato seria até certa presunção
Ao te perfurar dente canino
Fecha-se novamente tal maldição
Mas por mais que tu insistas
Nas perguntas ou questionamentos
Tolice são as tuas entrevistas
Pois causamos apenas sofrimentos