O CAMINHANTE DA ESCURIDÃO 🌃

[dedicado ao amigo André Lobo]

[tentei ser o mais fiel possível ao seu relato extraordinário...]

Saí da casa de mãezinha,

E quem duvidar que assim prove

A verdade será só minha

Já seria noite, o horário era nove!

Na escuridão do meio rural

Não se enxerga uma palma a frente

Só haveria ali a luz matinal

Aquilo tudo perturbava essa mente

Difícil seria tal locomoção,

Mas esse ônibus enfim apareceria

Quando desci da condução

Eu sequer percebera onde estaria

O ponto final, um leprosário

Vi somente os guardas na guarita

Entre a mãos, pus um rosário

Na maldição do lugar se acredita!

Desci o tortuoso caminho,

Na escuridão não se viria aquém

No medo estivera sozinho

Ali a frente, vi o vulto de alguém

Um velho, com chapéu a cabeça,

Gesticulou dando boa noite,

Aquilo não será algo que esqueça

O vento soprou como açoite

Trôpego a figura fez a saudação,

Não sei se estava armado,

Quem sabe poderia ser aparição,

Fiquei decerto assustado!

Caminhei e quando olhei para trás,

O vulto não vi outra vez,

Um misto de horror, senão de paz,

Me causou toda a palidez

Se foi real ou apenas imaginação,

Nem quereria de nada saber,

Naquela pitoresco local, a situação

Temi que ali pudesse morrer

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rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 28/11/2023
Código do texto: T7942348
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