AS SOMBRAS 🌙
De noite vagam nas sombras
Drenam do corpo a energia vital,
Um mal que assim assombras
Ressurgindo deste leito sepulcral
Todo o horror que te espanta
Vagueia por esse escuro espectral
Ao mordiscar a tua garganta,
Infectando-o com doença imortal
Tem uma aparência amarelada
Sempre caça estando bem sozinho
Sua face parece embalsamada
Junto da mortalha feita com linho
Os seus dentes são vermelhos
Emanam seu odor decomposição,
Não tem reflexo nos espelhos
E dormem de decúbito no caixão
Imunes aos reflexos da ótica,
Possuem uma beleza sobrenatural!
Seduzem de forma hipnótica
Para apossarem desta energia vital
Mesmo que haja tal descrença
Esse mal espreita e nunca retumba
Não é algo vindo da nascença
Mas emerge-se da maldita tumba!
São apenas cadáveres reanimados,
Dotadas de muitas destrezas,
Mesmos mortos vivem acordados
Vagam por certas redondezas
Como o coringa dentro do baralho
Drenam até o último suspiro,
Não tem aversão a cruz ou ao alho
Não seja vítima do vampiro!