O BODE 🐐
Ao erguer-se o pó se sacode
Visão genuína deste simbolismo
O álter ego, como um bode,
A loucura para o cego fanatismo
O mal nascido duma crença
A dúbia que sempre se permeia
A malignidade de presença
Essa devoção assim nos rodeia
Traga para nós esse unguento,
Orações divinas da heresia cristã
Solitário neste vil sofrimento
No curral a imagem de seu Satã!
Essa cor preta seja purulenta
Com a dor deve passar no crivo
Na face pálida e pardacenta,
Escreva em sangue neste livro
Teu nome para a servidão,
Despida prometera honrar e viver,
Sob o jugo do bode então,
Outra iniciada haverá de receber
A iniciação do ocultismo,
Idolatria das crendices históricas,
Julgam como o satanismo
Toda liberdade de falas retóricas
Ali, ao fundo, tudo se pode
Um poder natural assim te puxa
No olhar maligno do bode,
Ela se iniciou como uma bruxa!