O MORTO VIVO (βρυκόλακας) 🦇
[baseado na mitologia grega vorvolakas ou morto-vivo]
Em decúbito na câmara esférica
O olhar mórbido langue,
Na face diabólica e cadavérica,
Sede maligna de sangue
São os seres com almas ausentes
Da morte voltam a vida
Visitando esses mortais parentes
Já não querem despedida
Presos ao mausoléu ou sepultura
Distintos e sem emoções,
De noite ergue-se a nova criatura
Para iniciar as perversões
Tudo se resume ao criar um laço
Drenar sua energia vital,
Por meio do beijo ou do abraço.
E torná-lo outro imortal
Sempre imunes as enfermidades
Nas trevas e longe da cruz
Fogem dos sinais de santidades,
Tementes ao brilho de luz
Dizem que esses não batizados
Levam então o mistério
E são pelo mal amaldiçoados,
Para a cova no cemitério
Acossados dentro das neblinas
Ouve-se o breve suspiro
Com aquelas bocarras caninas
É ele! Maldito vampiro