Após a Eternidade
Após a eternidade, o mundo tinha mudado de forma inimaginável. O tempo não era mais uma constante, e o universo estava em um estado caótico e distorcido. Os seres humanos, agora meras consciências errantes, não tinham forma física e estavam perdidos em um vazio cósmico.
No início, a eternidade parecia uma dádiva, com a promessa de viver para sempre. Mas logo se transformou em um pesadelo inimaginável. A falta de limites temporais fez com que as mentes humanas se fragmentassem e perdessem a noção de identidade. Eles eram uma massa de pensamentos errantes, sem começo nem fim.
A busca pela conexão e sentido era insaciável. As consciências vagavam pelo espaço e tempo, buscando desesperadamente uma âncora, um ponto de referência. Mas não havia escape do vazio, e a eternidade se estendia infinitamente.
À medida que o tempo perdeu todo significado, a insanidade tomou conta das consciências. O medo, a solidão e a angústia se tornaram companheiros constantes. Cada pensamento era uma tortura, e a eternidade era uma prisão inescapável.
Não havia morte para libertar as consciências, pois a morte era apenas mais uma ilusão distorcida. E assim, depois de uma eternidade de sofrimento, as consciências ansiavam pela única coisa que nunca poderiam alcançar: o fim.
A história após a eternidade é uma narrativa de desespero e desolação, um vislumbre do que aconteceria se a imortalidade fosse alcançada, mas a humanidade não pudesse escapar das amarras do tempo e da própria existência. É um conto de terror que nos faz questionar se a eternidade é realmente um desejo desejável ou uma maldição inimaginável.