A ESPERA ⌛
Não dormi a noite inteira
Os batimentos estão acelerados
E me vejo nessa banheira
Com meus dois pulsos cortados
Acordo suado deste sonho
O frio regela dentro da espinha
Assim já me recomponho,
Esse delírio é coisa tão minha!
Tudo foi apenas pensamento,
Como um idiota apenas me rio,
Porque senti tanto tormento,
Neste instante sinto muito frio!
Admiro essa branca baluarte,
Quem fez? E assim como?
O tom vívido e bem escarlate
Sinto no corpo tanto sono
Mas sinto as mãos escamosas
A brisa gelando meu corpo,
Meus arfares são tão ruidosas
Mais pareço quase o morto
Passa a mão por esse cabelo,
Percebo nela tal umidade,
Isso é real, não um pesadelo
A morte é minha realidade
Agora eu apenas espero,
Que pare logo toda respiração
Estou sendo bem sincero,
Ou tudo isso é só alucinação?