SEM OLHOS 👁️
Algo que não é visível
De se ver com olhos carnais,
Pode ser o admissível,
Vindo de mundos espectrais
Coloco em cada ponto
A narrativa de todo o horror,
Esse será nosso conto
Da vilania nascida no terror!
Certo esposo bem ciumento
Proibira a esposa de ver,
Senão o tal macabro intento
Ela viria então a receber
O mal sempre é um desejo
Que espera para aflorar
A ocasião se faz no ensejo
E se faz assim acordar
Um dia, essa sua obsessão
Fez surgir todo o mal,
Naquela festa eis a ocasião,
Deu-se arrebate final!
Levou a mulher para casa,
Para efetuar a loucura,
A paixão como essa brasa
Nem usaria tal sutura!
Do rosto arrancou olhos
Da jovem que nada então fez
Qual prego dos ferrolhos.
Na infâmia da sua desfaçatez
Agora não verá tais lugares
A mulher em sua iniquidade,
Guarda os globos oculares,
O pérfido com toda maldade