Inexprimível

Hoje contarei uma história que está cravada em minha memória

Aproximadamente 7 anos atrás, mudará uma vizinha

A casa não estava vazia, só chegará ela depois

Eu sempre observava aquela casa, até pensava que ali ninguém morava

Mas quando a moça chegou, tudo mudou

Aquela casa ela transformou, tinha flores no jardim, o cheiro agradável invadia a vizinhança

Amava o cheiro à tarde de bolo assando

Aos sábados o cheiro de limpeza invadia minha sala

Eu adorava passar por ali, passarinhos, flores e um belo jardim

Mas não era somente isso que me despertava atenção

Os barulhos que da casa vinham me despertava curiosidade

Vezes escutará músicas e gargalhadas

Mas na grande maioria escutará, gemidos, sussurros de prazer

Não tinha horário certo, se passasse ali por perto escutar os gemidos era certo

Eu pensará que casal de sorte, por anos passará por ali e continuava à ouvir

Na madrugada acordavam a vizinhança

De manhã e a tarde era aquela presepada

A moça sairá muitas vezes envergonhada, mas sempre feliz

Certo dia caminhando por ali, escutei algo diferente

Gritos, cada vez mais altos, cada vez mais constantes

Notei que o jardim morreu

Os pássaros não estavam mais ali

O que será que ocorreu

Nas madrugadas seguintes, escutará um choro inexprimível

Foi horrível, parecia angustiado, fiquei até preocupado

Vi que as luzes não se apagavam

Depois de três dias sem sair, a moça saiu correndo madrugada à dentro

Fiquei com medo de lhe perguntar o que estava acontecendo

E por 1 ano, se escutava esse choro, ele rasgava a madrugada,

Muitas vezes raiava o dia, e o choro ainda se ouvia

Moça eu quis tanto lhe perguntar o que tanto te doía

Até que há vi novamente, olheiras aparentes, os ombros curvados

Era visível que estava carregando um peso danado

Naquele dia já a noitinha, tive que socorrer a vizinha,

O trajeto todo ela só falará que havia sido abandonada

Aproveitei e perguntei se havia se alimentado

Ela balançou a cabeça

Respondendo que não

Depois disso não a vi por dias

Mas o choro e aqueles gritos aflitos, continuavam

Atravessavam a noite, atormentavam a madrugada, e o raiar do dia ele ali ainda continuava

Eu não podia não fazer nada

Bati na porta e a chamei para a calçada

E disse tudo o que eu pensará

E antes que ela dissese algo perguntei logo o que se passará

Ela me olhou e com aqueles olhos cheios de dor

Respondeu, estou sofrendo pelo meu grande amor

Não tive palavras, aquela tristeza me atingiu diretamente no peito

Como alguém pode sofrer desse jeito

Depois disso eu nunca mais à vi

Percebi que se mudará dali

Hoje evito passar por ali

Mas quando passo, eu choro,

Pois me lembro da tristeza que ali morou

Pri Sanchez
Enviado por Pri Sanchez em 04/10/2023
Código do texto: T7901431
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.