“Olho do mal”
1º Parte
Na pequena cidade de Terra Roxa o dia amanhece nublado, Carlos esta em um quarto no andar de cima de uma velha casa.
Ele olha por uma fresta da janela entre aberta.
A vista da para uma rua vazia, meio encoberta pela neblina da manha, o frio forte na estação de inverno deixa as pessoas isoladas e tristes, com Carlos não é diferente.
Ao voltar à atenção para dentro do quarto, Carlos observa uma criança na rua, a visão um tanto comprometida pela forte neblina dificulta a vista, ele passa a mão no rosto e ao afirmar o olhar, a criança já não esta mais aonde ele avistava.
Um tanto confuso e sem entender, volta para cama e ouve um ranger de porta abrindo no andar de baixo, parece ser a porta da sala da velha casa abrindo, Carlos abre a gaveta do criado mudo, pega um velho revolver 38, espera um pouco mais, tentando ouvir o barulho antes ouvido, mas agora a porta não esta rangendo, Carlos espera sentado na beira da cama, procura ter calma e não ouvindo mais nenhum barulho coloca a velha arma em baixo do travesseiro e volta a se deitar.
Em seguido, ele fecha os olhos, mas desconfiado, sente a presença de algo, como se alguém o estivesse observando.
Por uma fresta na porta de madeira rústica do quarto, tem um olho observando Carlos, o seu olhar se encontra com aquele olhar sombrio, nessa hora Carlos senta se rápido, em seguido se levanta, corre ate a porta volta à cama e novamente empunha o velho 38 e corre para quem o observa, mas a tentativa foi em vão. Não tinha ninguém.
Uma porta ao fim do corredor se fecha e uma menina vai seguindo em direção a rua silenciosa, ao chegar ao meio da rua, a menina para, olha em direção a janela da casa onde o rapaz supostamente estaria, ela da um sorriso sarcástico e em seguido continua caminhando para o outro lado da rua e desaparece em meio à neblina daquela manhã solitária.