O DELÍRIO🏃
Escrevo as linhas tortas,
Ouço vozes na minha mente
Barulho de abrir portas,
Estaria eu assim bem doente?
Vocês nunca viram o histórico,
Destas coisas que já vi,
Será que estou sendo paranoico
Ou decerto então morri
Ao dormir e até mesmo acordar
Sinto o tilintar do estalo,
Sempre e sempre vive ao falar,
Essa voz eu nunca calo!
No escuro situações acontecem
As vozes falam sem parar
Tais remédios apenas apetecem
Eles continuam a me falar
Mas você ouve também vozes?
As ideias dentro da cachola,
Nessa situação são tão velozes,
Chegam e nunca vão embora
Se acaso lê essa minha narrativa
Nada pode nos acontecer,
Talvez em sua mente sobreviva
A ideia de nunca morrer!
Chego ao ponto desta contestação
De que somos como iguais,
Na loucura de prover tal obsessão
Sejamos então vis normais?
Quem sabe estreitamos os laços
Entre o real e esse irreal
Agora, silêncio, ouça tais passos
Que materializam o mal
Viveremos meu amigo, pois sim,
O horror tem a consistência
A arma nesta cabeça, veja enfim,
Sou então a sua consciência