O CONTO DO VELHO MARINHEIRO 🌊⚓👨🦳
[não matarás, dizem primeiro
que o sangue nas águas,
pode condenar o marinheiro
nestas infinitas mágoas] ...
Sou esse astuto marinheiro,
Deixei no passado meus lares,
Na liberdade sem dinheiro
A cruzar a fronteira dos mares
No silêncio todas as sereias
Cantam a velha canção do mar
A maldição que só permeias
Ansiando apenas em te afogar
Nunca pensei que o algoz
Da minha morte seria essa ave,
Quando matei esse albatroz
Tomei a mim, o pecado grave!
Naveguei em boa bonança
Em pouco tempo denso nevoeiro.
Era sinal daquela vingança,
Que se abatia sobre o cargueiro!
Ao jogarmos no mar a rede
Nada vinha daquela vil pescaria
Com a fome e intensa sede
Não havia sequer certa iguaria!
Os faróis estavam apagados
Num presságio desse mal agouro
Fomos assim amaldiçoados
Na proa nem pousaria o besouro!
Quem sabe um navio a resgatar
Toda nossa triste tripulação
Mas nada disso parece adiantar
Estamos em uma maldição
A fome e muitas das restrições,
Tem torturado a mente,
São fatos reais ou senão ilusões
De cada louco penitente
O navio se aproxima muito mais
Na tristeza eu enfim retumbo
São eles, as almas dos ancestrais
Afunda o barco como chumbo