O CONTO DO VELHO MARINHEIRO 🌊⚓👨‍🦳

[não matarás, dizem primeiro

que o sangue nas águas,

pode condenar o marinheiro

nestas infinitas mágoas] ...

Sou esse astuto marinheiro,

Deixei no passado meus lares,

Na liberdade sem dinheiro

A cruzar a fronteira dos mares

No silêncio todas as sereias

Cantam a velha canção do mar

A maldição que só permeias

Ansiando apenas em te afogar

Nunca pensei que o algoz

Da minha morte seria essa ave,

Quando matei esse albatroz

Tomei a mim, o pecado grave!

Naveguei em boa bonança

Em pouco tempo denso nevoeiro.

Era sinal daquela vingança,

Que se abatia sobre o cargueiro!

Ao jogarmos no mar a rede

Nada vinha daquela vil pescaria

Com a fome e intensa sede

Não havia sequer certa iguaria!

Os faróis estavam apagados

Num presságio desse mal agouro

Fomos assim amaldiçoados

Na proa nem pousaria o besouro!

Quem sabe um navio a resgatar

Toda nossa triste tripulação

Mas nada disso parece adiantar

Estamos em uma maldição

A fome e muitas das restrições,

Tem torturado a mente,

São fatos reais ou senão ilusões

De cada louco penitente

O navio se aproxima muito mais

Na tristeza eu enfim retumbo

São eles, as almas dos ancestrais

Afunda o barco como chumbo

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 25/07/2023
Código do texto: T7845667
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