O Vulto.
O Vulto.
Acordei a noite com a sensação de ser observado, olhei o quarto, canto por canto, cismei com o guarda-roupa, fui devagar e, o abri...
Era horário aberto, como ouvia minha vó falar. Nestes horários, as portas entre o céu, e o inferno abrem-se multualmemte.
Voltei para cama, sentei, e, dando uma última olhada, adormeci. De repente uma voz a me chamar, no primeiro momento, bem baixo, aumentando gradativamente até me fazer despertar por completo. Olhando novamente o quarto, que, antes nada vira, percebo um vulto no canto esquerdo a me observar. Senti um calafrio tomando todo meu corpo, que, paralisado não respondia ao comando de sair em disparada.
O vulto se mexeu, e, como se estivesse dando um passo a frente parou, ou, assim tive a impressão. Este ser, esta entidade em questão, era sombrio a ponto de deixar-me perplexo, nada de claridade podia ter noção de existir nele, até a faixa do guarda-roupa prata, de brilhante se ofuscou, estava claro a nítida certeza... Não era bom.
Este momento momentaneamente sinistro pressagia um conhecimento infausto, tão agourento quanto funesto. De certo era astroso supostamente nascido sob má influência de algum astro, ou, por pensamentos oriundo da minha ira.
Como dito, era atro, mas, destacava-se no breu pela forte incidência. Pude notar no canto sestro de onde a aparição se fez presente sem devido chamado, que, ainda me olhava fixamente. Algo nesta alma atormentada leva-me a um momento fatídico, que revela o que o destino decidiu, predizendo a morte deste, profetizando uma outra possível partida.
Esse pensamento feral, evocando a ideia da morte, até, sobre os mortos, em ofício lúgubre do sentir. Penso se em suas vestes fúnebres, que, sem cerimônias, causando em seu funeral obriga-o a uma dor além vida.
No atual viver, quem, e, porque me assiste de tal forma no lôbrego do seu aparecer, com este ato nefasto, que, pode trazer danos a minha claridade com prejuízos desfavoráveis a meu sonhar acordado, ou, acordado em meio ao sonho, se não pesadelo com atitudes nocivas as lembranças do eu, de mim, e, da essência prostrada no meu quarto.
... Não acordo...
Texto: O Vulto.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 17/07/2023 às 20:42