O DESCONHECIDO ֍
Eles mexem com as emoções
Não sei como eles vieram,
São seres de outras dimensões
De muitas coisas souberam
Vieram de épocas indivisíveis,
Ou de lugares e outras eras
Me causam dores ininteligíveis
Observam-me pelas janelas
Querem que eu cometa martírio
Povoam esses pensares,
Causam pesadelo e esse delírio
Estão em muitos lugares
Ainda sabem que somos vivos,
Com calafrios os tremores,
Criando tais medos primitivos
Desperta insanos horrores!
De onde surgiram as entidades
Seres estranhos e esquisitos,
E destilam todas malignidades
Ansiando adoração nos ritos
Se eu morrer tudo será o final
A dor acalmará meu peito
Para suportar a missão banal,
O desfecho seria perfeito
Viver neste medo desconhecido,
Sem saber de onde vem.
Esgotado e sempre tão aturdido
Com pavor deste além!
A morte é o prazer eterno
De quem vive sem nem saber,
Se vivo está neste inferno
Ao sofrer o medo de conhecer
Aquilo que lhe perturba,
De algo atípico e não ouvido,
No barulho desta turba
O horror deste desconhecido!