Contra todas as evidências - CLTS23

Ondas de alunos afluíam em direção à escola: as férias haviam terminado. Grupos de velhos conhecidos apinhavam o pátio, enquanto os novatos cosiam-se às paredes, disfarçando o desconforto com as caras metidas nos celulares. Naquela barafunda, divisava-se a roda formada por Júlia, Lorrainy, Rafael e Eduardo, alunos antigos daquela instituição.

— Outra vez eu caí nessa merda de escola. Se eu fosse filho de pai rico, usaria a mesada para pagar o aluguel, me tornava um sujeito independente — lamentava-se Eduardo. — Aí, sim, vocês veriam o poder de um jovem livre!

— Hum.. Olha só, gente! — Lorrainy debochou. — O gatinho está revoltado porque repetiu o ano. Não fique assim, bichinho, agora você está na sala da sua prima intelectual; ela vai despertar a inteligência adormecida aqui dentro. — E percutiu a testa de Eduardo com os nós dos dedos.

— E eu vou ter de aguentar essa peste na minha sala — disse Júlia. — Já não basta o meu pai em casa, agora aparece mais um macho escroto pra ficar no meu pé.

— Ei, Júlia, o que você está lendo? — era Rafael quem perguntava.

A garota, que ingressava no ensino médio, mostrou a capa do livro ao grupo, deixando transparecer um certo contentamento.

— Simone de Beauvoir.

— Nossa, que chic! Essa menina me mata de orgulho! — Exclamou Lorrainy. — Viu só, Eduardo? Aprenda a ser inteligente como a sua prima.

— Eu sou burro, Geraldo. E o correto é "sue prime".

Lorrainy exasperou-se com a piada, mas nada fez senão enlaçar seus braços possantes em torno de Júlia e Rafael e conduzi-los ao interior da escola.

— Até mais tarde, Geraldo! Não esqueça o seu absorvente — zombou Eduardo.

— Meu nome é Lorrainy, seu idiota! É oficialmente Lorrainy!

Por volta do meio-dia, ao chegar a casa, a cena que deparou extinguiu de Júlia todo o encanto do seu ótimo início de aulas: lá estava o pai, em cuecas, bem colocado na velha poltrona de couro, prato de comida equilibrado sobre os dedos grossos, olhos fixos no telejornal.

— É isso mesmo, capitão! Mostre a esses comunistas que a nossa bandeira é verde e amarela! — Inácio bradava, como a colher engordurada em riste.

Júlia contraiu o rosto; passou para a cozinha sem responder ao sorriso canino do pai. Diante da pia emporcalhada, da alva geladeira maculada por manchas de graxa, a garota atirou suas coisas com fúria e não se conteve:

— Que merda! Todos os dias eu tenho de aguentar essa porcaria! — E tornou à sala, apontando o dedo na cara do pai. — Isso aqui é uma casa ou um chiqueiro? Seu porco, imundo! Eu não sou obrigada a fazer tudo aqui dentro, não, ouviu?

Inácio acuou-se contra o encosto da poltrona, interpondo o prato entre ele e a filha, num baldado gesto de defesa. Júlia o arrancou às mãos do pai e o atirou contra a parede.

— Macho escroto a gente trata dessa forma. Foi por isso que a mamãe não aguentou e meteu o pé. Agora eu tenho de suportar sozinha esse corno velho... — A garota entrou em seu quarto e bateu a porta.

Inácio ergueu-se da poltrona, confuso e triste. Pegou uma vassoura e reuniu os cacos do chão. Depois, lavou a louça e passou um pano na geladeira. Dirigindo-se ao quarto da filha, bateu suavemente à porta e entrou.

— Minha filhinha, meu único tesouro... Perdoe o papai, que chegou com pressa para almoçar e deixou a casa bagunçada. Já está tudo arrumadinho outra vez, viu? Olha, pega esse dinheiro e compra aquela calça de que você gostou, no shopping.

Júlia tudo escutou com o rosto enfiado nos travesseiros, mas virou-se de súbito para apanhar as notas.

— Por falar em shopping — prosseguiu Inácio —, a gente poderia fazer um passeio de pai e filha...

A garota mergulhou nos travesseiros outra vez, sem nada responder. O pai acarinhou-lhe os cabelos, verificou as horas no relógio de pulso e voltou apressado ao serviço.

Eduardo não ia bem na escola, e todos já lhe adivinhavam o futuro como funcionário da oficina mecânica de seu tio Inácio. Com as gratificações recebidas por seu trabalho de mecânico aprendiz, ele pagava o acesso a sites perturbadores da "deep web", que expunham ao visitante torturas, assassinatos e um sem número de crueldades.

Sua nova aquisição foi um passe vip para assistir, em tempo real, ao suplício e morte de um homem. Logo que chegou da escola, Eduardo sentou-se ao notebook. Ele não experimentava qualquer prazer perverso na visão daqueles castigos, mas absorvia-o de todo testemunhar quão longe chegava a maldade humana.

O público pagante recebeu o direito de acompanhar os três dias de tortura, ao fim dos quais a vítima seria morta. Abaixo, tem o leitor um apanhado das cenas a que assistiu Eduardo, no primeiro dia.

A vítima era conduzida ao interior do recinto mal iluminado. Um capuz negro, à maneira de saco, cobria-lhe cabeça, e suas mãos e pés estavam bem atados com corda, o que não impedia o homem de caminhar para onde os seus carrascos designaram. Estes eram três e traziam seus rostos pintados com tinta fluorescente. Eduardo pôde constatar que um dos algozes era mais alto e forte, exercendo sobre os demais certo comando; o segundo tinha estatura mediana, frequentemente saindo de cena para alterar o jogo de câmeras; o terceiro era o mais baixo, e Eduardo observou facilmente sua perturbação com o que estava havendo. Aquele dia de torturas restringiu-se a golpes de contusão, através dos quais os carrascos, munidos de paus grosseiros, cobriam a vítima de castigos implacáveis. Não se via o rosto do pobre homem, mas seus gritos abafados denunciavam a presença de mordaça. Essa selvageria teve por cenário, ao fundo, um carro do qual só a frente era visível, e, numa parede lateral, algumas chaves de boca e outras ferramentas. Era uma oficina mecânica.

— É a oficina do tio Inácio! — Eduardo exclamou.

— O que foi, menino? Vem comer. — Chamou sua mãe, da cozinha.

Os carrascos haviam saído de cena, deixando o homem sobre o capô do veículo. Eduardo valeu-se de seu conhecimento e, observando o lado aparente do carro, identificou com facilidade:

— É o Marea do meu tio, sem dúvidas! Que loucura é essa?!

O jovem fechou o notebook e saiu em disparada. Precisava ir até a oficina e descobrir o que havia. Num átimo, Eduardo ganhou a rua; em dez minutos de correria alcançou a esquina do mercado, de onde viu a oficina de Inácio, funcionando como todos os dias. Apressou-se até lá e entrou resfolegando.

— Que estado é esse, rapaz? — perguntou Inácio. — Aconteceu alguma coisa?

Eduardo pôs-se a olhar por todos os cantos, à procura não sabia de quê. O outro o seguia, curioso. A violência com que a filha o tratara há pouco ainda mantinha nele seu abalo.

— Tio Inácio, mataram um homem nessa oficina.

O mecânico fitou Eduardo com atenção, tentando encontrar em seu semblante algum traço que apontasse a brincadeira. Mas o garoto continuava atônito, e Inácio não pôde evitar o riso. Pegou um copo d'água e o alcançou ao sobrinho.

— Esses garotos me aparecem com cada uma... Hahaha!

Naquela tarde, Eduardo trabalhou com o tio. Não pôde deixar de perscrutar a oficina, mas nada encontrou que apontasse o crime, exceto a certeza de ter sido ali onde tudo acontecera.

À noite, seu sono foi conturbado. Visões terríveis e especulações inusitadas povoaram-lhe a mente. Descartara desde o início a possibilidade de as cenas estarem sendo transmitidas em tempo real, conforme anunciado; forçoso era concluir que gravações de uma brutalidade tiveram como cenário a oficina de Inácio. Mas como poderia ser? Era frequentador assíduo da oficina há dois anos, conhecia-a como à palma da mão, e jamais suspeitara de quaisquer atrocidades ali. Teriam sido as cenas gravadas há mais de dois anos? Impossível. O inconfundível Marea fora comprado há cerca de seis meses; Eduardo lembrava-se perfeitamente de sua euforia com a aquisição do tio. Ruminou as mais esdrúxulas suposições, qualquer intuição que lançasse uma luz sobre a sua mente confusa. Nada. Ao longe, a lua vagueava no céu, sorumbática. Eduardo cerrou os olhos e dormiu.

A escola promoveu, no dia seguinte, uma apresentação de slides aos alunos do ensino médio. É desnecessário apoquentar o leitor com minúcias do assunto em questão. Esse evento serve à narrativa por conta do pasmo de Eduardo diante da notável desenvoltura com que o amigo Rafael manejava o projetor e alguns celulares, de cujas câmeras transmissões ao vivo eram realizadas em diversos perfis na internet. Rafael, um verdadeiro ás da comunicação, lidava com câmeras como ninguém! Eduardo não tardou por fazer ilações, logo que associou seu amigo a um dos algozes do vídeo. O jovem rechaçou tais enormidades do pensamento, mas não pôde evitar, ao ligar seu notebook, no mesmo horário do dia anterior, de surpreender–se com a semelhança entre o carrasco que cuidava das câmeras e o seu amigo Rafael. Não demorou, ainda, para atinar com outra semelhança notável.

O algoz principal se preparava para retirar o capuz à vítima. O carrasco, cujos meneios andróginos eram aparentes, não obstante a parca iluminação do local e a tinta fluorescente que lhe cobria o rosto, comunicava certos traços familiares. Depois de muito observar, Eduardo chegou à conclusão incontornável: era Lorrainy.

— Esse aí é o Geraldo?! Caô! Eu só posso estar ficando maluco...

Essa cadeia de semelhanças, suficiente para abalar algum espírito mais impressionável, não impediu que Eduardo se deparasse, firmemente, com uma surpresa ainda mais assombrosa. Tão logo o algoz andrógino puxou o saco, e o rosto da vítima iluminou-se furtivamente, o jovem exclamou:

— Puta merda! Mas esse é o tio Inácio!

A exemplo do que fizera no dia anterior, partiu em debandada rumo à oficina, encontrando o tio, como de costume, absorvido na labuta cotidiana. Todo o lugar estava em perfeita ordem; o mecânico, são e salvo, recebia o sobrinho calorosamente para mais um dia de trabalho. Este último, mortalmente confuso, já duvidava da própria sanidade.

Houve bastante trabalho naquele dia; Eduardo teve de extrapolar o expediente em auxílio do tio, sendo-lhe até mais conveniente pernoitar em sua casa, localizada a poucos metros da oficina.

Quando os dois chegaram, cobertos de graxa, depararam-se com Júlia e Lorrainy sentadas ao sofá. Ambas lhes dirigiram um olhar desdenhoso e tampouco retribuíram os cumprimentos.

— Julinha, minha querida — pediu o pai —, pega uma toalha para o seu primo tomar banho. Ele vai passar a noite.

— É o quê?! Eduardo não pode dormir aqui; Lorrainy é a minha convidada.

— Para dormir? Mas eu te avisei, mandei mensagem, que seu primo viria para cá. Você não viu?

— Não, não vi — Júlia redarguiu, com impaciência. — Tudo bem... Lorrainy pode dormir comigo. A gente cabe na minha cama.

— Isso não, Julinha, isso não! Prefiro que o seu amigo volte outro dia.

— Que história é essa de "amigo", seu merda?! — Júlia enfureceu-se. — Lorrainy é tão mulher quanto eu, tá ouvindo bem? Ela vai dormir na minha cama, e isso nenhum macho vai impedir!

Ainda naquela noite, a tranquila vizinhança testemunhou outros arroubos de combate doméstico perpetrados pela brava defensora dos oprimidos.

Eduardo ocupou um colchonete estendido na sala, mas não pôde dormir cedo, malgrado o cansaço que lhe abatia o corpo. Isso porque Júlia e Lorrainy tomaram o espaço, a fim de gravarem coreografias para o bombado aplicativo Teco-Teco.

— Ei, Júlia, use isto no rosto. — Lorrainy tirou da bolsa uns frascos com tinta fluorescente. — A gente vai arrasar com eles.

Terceiro dia de torturas: o momento fatídico. A vítima estava em vias de ter seu corpo esquartejado. O algoz andrógino, pegando no facão com habilidade, abrira talhos profundos à carne do homem. Eduardo mantinha o rosto parcialmente coberto pelas mãos, à espera do pior, mas desviou seu foco para novo elemento do cenário: um corpo era suspenso desde o teto, pelo tornozelo, por meio de um gancho que o atravessava; a outra perna, solta, ficava ao léu, assumindo um ângulo perturbador, naquele contorcionismo a que só os cadáveres estão aptos a realizar.

O carrasco vibrou o primeiro golpe sobre a vítima, e com isso roubou-lhe um dos braços. O homem clamava por socorro, em alucinado desespero, mas a mordaça tolhia o alcance da voz. Dois golpes repetidos e certeiros desmembraram a perna esquerda. Aos olhos de Eduardo, a semelhança da vítima com Inácio estava mais clara do que nunca. Por fim, o algoz se preparou para o gran finale: decapitação. A lâmina já riscava os ares quando alguém empurrou seu portador, frustrando a execução. Era o carrasco mais baixo, que Eduardo agora via se tratar, inequivocamente, de uma mulher. O andrógino aproximou-se do comparsa e o acertou com o cabo da arma; o golpeado tombou sem sentidos. Eduardo, por fim, assistiu à decapitação, desligou o computador e foi para a oficina, dizendo de si para si:

— Certo, Eduardo, aquele baixinho não é a Júlia, não pode ser. De jeito nenhum! Tire isso da cabeça!

Apesar da inquietação, o jovem se tornava cada vez mais cético quanto às suas suposições. Ora, o tio vivia, Eduardo já o divisava dentro da oficina, polindo seu Marea. Um carro idêntico ao do cenário, sim, bem como o mural de ferramentas na parede, além da desconcertante parecença do tio com o morto. Sandices! Inácio estava bem; os amigos eram inocentes.

Amanheceu. Eduardo enfiou seu notebook na mochila e foi para a escola. Estava parcialmente recuperado, mas precisava mostrar o vídeo aos amigos. Se eles tivessem qualquer coisa com o ocorrido, alguma reação que esboçassem os incriminaria.

À saída, ele reuniu Rafael, Lorrainy e Júlia. Sentaram-se à mesa do refeitório, colocando-se estes últimos lado a lado, diante do notebook aberto. Eduardo os olhava de frente, com ares de investigador.

— Que nojeira, Eduardo! — disse Júlia, quando o vídeo terminou. — Onde você arruma essas coisas?

— Esse coroa se lascou, mesmo! Hahaha! — Lorrainy apreciou as cenas. — Você tem outros assim, Eduardo?

Ele não respondeu, mas seguiu direto ao ponto:

— Vocês não viram nada estranho?

— O quê? O estranho aqui é você chamar a gente para ver um homem ser torturado e morto — ironizou Rafael.

— Olhem com calma.

Os três puseram-se a observar novamente algumas cenas, com atenção, mas ninguém disse a Eduardo o que ele esperava ouvir. Inocentes, isso era óbvio, mesmo porque a suposta vítima estava viva. Por fim, o jovem explicou aos amigos que tinha por passatempo o consumo desses materiais, na "deep web".

— Os produtores desses conteúdos devem ganhar uma grana preta... — pontuou Lorrainy.

— Deve ter dado um trabalhão fazer esse jogo de câmeras e ainda executar um homem — disse Rafael —, mas eu teria dado conta!

Os três olharam-no, surpresos.

— Teria dado conta das câmeras, era isso...— E deu um sorriso amarelo.

— Mas aquele homem tinha cara de macho escroto. Enfim, menos um opressor para respirar o meu oxigênio — Júlia concluiu.

Passaram-se oito meses desde os acontecimentos narrados acima. Eduardo voltou à normalidade, granjeando do tio tamanha estima, que este lhe confiara a chave reserva da oficina mecânica.

Esse avanço rumo à futura carreira, por outro lado, aconteceu em detrimento de sua vida estudantil. Eduardo comparecia à escola duas vezes por semana. Porquanto recebesse quase um salário na oficina, fosse bom filho e ajudasse nas despesas domésticas, a mãe não o obrigou a estudar.

Afastado, Eduardo não pôde perceber que por três dias seguidos Rafael, Lorrainy e Júlia mataram aula. Constatou, sim, que nesse mesmo período a oficina estivera fechada. No primeiro dia, foi à casa do tio.

— Tio Inácio! — bateu à porta. — Tem alguém aí?

Sua prima o recebeu, com o acento da habitual grosseria na voz, mas Eduardo notou que os olhos dela estavam vermelhos de choro.

— Papai está doente. Não é nada grave. Mandou dizer que a oficina ficará fechada por uns dias.

— Doente? Deixe eu ver como ele está.

— Não, Eduardo. — Júlia o empurrou de leve, já fechando a porta. — É só uma febre. Ele logo ficará bom.

No dia seguinte, deitado na cama sem fazer nada, já se considerava um inútil. Não poderia ficar parado ali! Foi até a oficina, em busca do milagre de vê-la funcionando. Fechada. Eduardo contemplou tristemente o portão, que nada permitia entrever do interior.

Quando o sol raiou novamente, Eduardo adquiriu uns ares de contentamento. Ele possuía a chave reserva, poderia muito bem entrar na oficina e adiantar alguns serviços pendentes.

Ainda era cedo; os arredores da oficina estavam desertos. A chave dava acesso ao lugar por meio de uma porta lateral. Eduardo girou-a na fechadura, escutou o estalar do trinco e ingressou no ambiente mal iluminado. Lá dentro havia um Marea e três figuras de rosto coberto com tinta fluorescente. Eduardo pegou do celular e enviou sua localização à polícia, antes de levar um soco e cair desacordado.

Horas depois, o telejornal anunciava:

“A polícia capturou três menores envolvidos no assassinato do mecânico Inácio Gouveia. A vítima sofreu espancamentos e teve o corpo esquartejado; ato contínuo, sua cabeça foi arrancada a golpes de facão. De acordo com as imagens, a filha do mecânico arrependeu-se de haver entregue o pai aos malfeitores e tentou interromper a execução, mas foi golpeada fortemente no nariz. A execução foi transmitida na “deep web”, por meio de sofisticado aparato técnico, administrado por outro menor. O flagrante se deu graças à denúncia de Eduardo Santos, que não conseguiu escapar ao local do crime e também foi morto, tendo seu corpo sido suspenso por um gancho. A menor responsável pelos golpes de facão que vitimaram Inácio e Eduardo declarou ter encontrado inspiração para o crime em vídeo que este último havia lhe mostrado, meses antes, na escola. A versão foi confirmada pelos companheiros.”

Tão logo a reportagem terminou, outra notícia foi anunciada:

“Alerta geral: suposta máquina do tempo é destruída em operação militar. Cientistas responsáveis por sua fabricação avisam sobre distorções na ordem temporal. Até o momento, centenas de pessoas já relataram terem vivido realidades futuras, antes mesmo de estas haverem acontecido.”

TEMAS - RELACIONAMENTO TÓXICO, DEEP WEB E PARADOXO TEMPORAL

Marcel Sepúlveda
Enviado por Marcel Sepúlveda em 01/06/2023
Código do texto: T7802803
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