O MARTELO 🔨
Vejo seu cadáver deitado,
O chão todo em cor vermelho
Na parede tudo salpicado,
Do teto até o vidro do espelho
Dominado por um capeta
Isso tudo é algo que se mereça
Nesta mão pego a marreta
E esmago com ela sua cabeça!
Seu sangue apenas escorre,
Na gravidade destas loucuras
Ninguém agora te socorre,
Neste crânio cheio de fraturas
São essas as horas inóspitas,
De quanto eu tenho a real noção
Destes olhos fora das órbitas
Que me excedi com a perversão
Mas agora já está acabado,
Eu deslizo sobre o sangue seco,
Observo seu corpo curvado
Ainda lhe dou último peteleco!
Sim, tudo isso é um fetiche,
Sinto tanto prazer descomunal.
Ser brutal abre meu apetite,
Em matar e provocar esse mal!
Nenhum pode e sobrevive
A cada golpe duma martelada,
Agora me sinto tão livre,
Depois de tanto tê-la golpeada
Reze para não ser vista,
Por mim, que ando com rastelo
Nunca terão uma pista,
De quem sou, nem do martelo!