O MARTELO 🔨

Vejo seu cadáver deitado,

O chão todo em cor vermelho

Na parede tudo salpicado,

Do teto até o vidro do espelho

Dominado por um capeta

Isso tudo é algo que se mereça

Nesta mão pego a marreta

E esmago com ela sua cabeça!

Seu sangue apenas escorre,

Na gravidade destas loucuras

Ninguém agora te socorre,

Neste crânio cheio de fraturas

São essas as horas inóspitas,

De quanto eu tenho a real noção

Destes olhos fora das órbitas

Que me excedi com a perversão

Mas agora já está acabado,

Eu deslizo sobre o sangue seco,

Observo seu corpo curvado

Ainda lhe dou último peteleco!

Sim, tudo isso é um fetiche,

Sinto tanto prazer descomunal.

Ser brutal abre meu apetite,

Em matar e provocar esse mal!

Nenhum pode e sobrevive

A cada golpe duma martelada,

Agora me sinto tão livre,

Depois de tanto tê-la golpeada

Reze para não ser vista,

Por mim, que ando com rastelo

Nunca terão uma pista,

De quem sou, nem do martelo!

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 30/05/2023
Código do texto: T7801189
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.