O cemitério e o Avô de Fábio
o Vô Luiz me contou assim:
“Lá estava eu, atravessando o cemitério às escuras, morrendo de medo de andar sozinho pela cidade dos deitados, torcendo para uma alma viva aparecer, quando a luz da Lua refletiu um vulto caminhando na mesma direção que eu - e se aproximando.”
Meu avô apertou o passo mas a silhueta do homem que vinha lá atrás logo estava ao alcance de um passo. Quando os dois emparelharam, o coração de meu avô estava fora de compasso e ele tentou se acalmar puxando papo com o vulto:
“- Ainda bem que o senhor me alcançou, tenho um pouco de medo de andar sozinho por aqui.”