A fazenda de corpos
Depois de seguir alguns quilômetros por uma estrada no Tennesse nós Estados Unidos e adentrar na floresta encontra-se um terreno de uma hectare cercado por arame farpado. No terreno existe a primeira fazenda de cadáveres do mundo.
As fazendas corporais foram concebidas pelo antropólogo William M. Bass em 1971. Bass precisava entender melhor o processo de decomposição depois de ser solicitado pela polícia para analisar um corpo para uma investigação criminal.
Segundo o IFLS, os corpos são deixados para apodrecer a céu aberto, trancados em porta-malas de carros ou submersos na água, todos observados de perto por cientistas para ver o que acontece em seguida, podendo assim entender os processos de decomposição dos corpos em diferentes condições..
Os únicos dias em que Brian Pollard não sentia -se a vontade no seu relativamente novo trabalho era quando soprava aquele vento leste vindo da floresta e o ar tornava-se denso e com um cheiro insuportável.
Mas o trabalho era muito bem pago e tinha moradia com todas as dispensas pagas por conta do emprego, afinal de mais de cem pessoas entrevistadas e testadas ele tinha sido o único á conseguir ficar naquele lugar sozinho e tomando conta de cadáveres a céu aberto .
Apesar de ter apenas 22 anos Pollard era responsável e eficiente, sua rotina basicamente consistia em visitar os corpos três vezes ao dia tirando fotos e preenchendo informações sobre coloração e nível de putrefação, os primeiros dias foram realmente difíceis mais após algum tempo acabara se acostumando, e tudo virara um trabalho relativamente normal.
Agora após alguns anos terríveis sua vida tinha algum sentido, uma direção, mesmo assim não podia esquecer aquela noite e as lembranças ainda estavam muito vivas , Pollard tinha doze anos na época daquele dia fatal , era filho único portanto muito mimado pelos seus país.
O verão começará e com ele as tão esperadas férias, estavam todos felizes e cheios de espectativa pois iriam acampar a beira de um lago lindo e seu pai tinha prometido que o ensinaria a pescar.
Ainda lembrava do impacto frontal com o caminhão por um milésimo de segundo viu seus país voando pelo parabrisas da camionete e depois a escuridão e tudo apagou. Quando Brian acordou após dois anos em coma sua vida anterior desaparecera deixando apenas algumas lembranças que ainda doíam demais.
Já era tarde e ele tinha que acordar cedo para a primeira visita do dia aos cadáveres e quando se preparava para deitar ouviu passos do lado de fora, deu uma olhada na janela e tinha uma figura que o olhava fixamente nos seus olhos, apesar do terror e do medo acabou juntando coragem para abrir a porta e investigar, assim que saiu pra rua viu uma figura caminhando de forma desajeitada entrar na floresta.
O fato de ter visto alguém o deixara apreensivo, mesmo assim decidira fazer a primeira ronda diária, os primeiros corpos ou mais próximos ali eram os mais recentes, sua cor variava de um rosa púrpura a uma cor de abacate, eram esses que mais soltavam cheiro e chegar perto era terrível.
Quanto mais Brian Pollard entrava na floresta mais o espetáculo era dantesco, os cadáveres mais velhos estavam em diferentes lugares , alguns tapados pela folhagem, outros sentados encostados em árvores e alguns boiando numa pequena lagoa feita para os corpos se decomporem na água.
Quando Pollard estava por completar seu primeiro recorrido percebeu que havia um pequeno canto da Floresta que nunca tinha visitado e somente agora essa área estava acessível, talvez o vento forte da noite anterior abrirá aquela clareira até então desconhecida por ele.
Assim que entrou na clareira enxergou um veículo amassado e pensou que seria algum corpo experimental esquecido, Pollard chegou mais perto e viu dois corpos dentro do veículo e apesar de estarem ali á algum tempo percebeu que eram um homem e uma mulher.
Um mini retrato ainda estava pendurado do pescoço da mulher, e ele lembrava bem do dia que fora tirado, apesar do choro e do medo Brian Pollard sabia que seu lugar era ali ...