A VÍBORA 🐍
Das víboras mais ardilosas
Sempre nas mentiras minguas,
Presas ardentes e venenosas
Aquela que fala pelas línguas!
Ela lança os sonhos funestos,
Na maledicência insultas
Com seus desejos desonestos
Fala-me como prostitutas
Sabeis, que tens a retórica
Dentro de si as vazias emoções
Boca da luxúria diabólica
Do inferno, me cede tais visões
Tento manter minha calma
Nesta noite escura da alma!
A sombra meio que me alumia,
Sinto a pele se eriçar,
A cada toque da tua cútis fria.
É o mal em me atentar?
Sinto esse medo bem profundo
De eriçar-me os cabelos,
Algo diabólico e bem imundo,
Rasteja pelos tornozelos
Tenho algumas as marcas roxas,
Mas nem senti nada,
O sangue escorrer pelas coxas,
Como se fosse picada
Vejo o sangue nesta palma!
Nesta noite escura da alma!