ATAQUE SINISTRO EM MEIO A NOITE

 

A tampa de concreto que fechava aquele túmulo foi levantada, abriu-se misteriosa e lentamente emitindo aquele som característico que todos conhecem, próprio dos filmes de terror. O cemitério estava completamente mergulhado no mais profundo silêncio, salvo esse ranger de concreto. Dele saiu também lentamente um vulto maltrapilho que sumiu por trás de outros túmulos na escuridão da noite, não mais sendo visto.

 

Ali próximo, numa rua com pouca luminosidade, um homem caminhava lentamente alheio a qualquer tipo de perigo. Era comum nessa cidade as pessoas se recolherem logo cedo, assim que anoitecia, diante de rumores de que um vulto misterioso atacava transeuntes incautos, normalmente bêbados retornando para casa depois de uma noite de farras. O tal homem estava vacilando, devia saber do perigo que corria, mas arriscava, satisfazer o seu vício era mais importante. E não deu outra, um barulho atrás de um arbusto deu a entender que esse notívago seria atacado. Fazia tempo que esse tipo de evento sinistro não ocorria, razão de alguns homens arriscarem suas vidas, porém nessa fatídica noite um crime brutal foi efetivado.

 

A tampa do túmulo novamente emitiu aquele som tenebroso, cemitério às escuras, a abertura estava pronta para que aquele vulto ali penetrasse e em seguida sendo fechada. Era tudo muito rápido em pleno silêncio macabro.

 

Amanheceu, algumas pessoas davam inicio ao movimento normal da rua principal daquele lugarejo e se assustaram ao ver aquele resto de corpo com o pescoço rasgado jogado junto a uma calçada, todo o seu sangue fôra sugado, as vestes quase em farrapos mostravam a violência do ataque, bem como o estado do corpo, praticamente semi destruído como se um animal carnívoro o tivesse devorado deixando apenas o que não mais interessava. A Polícia era cientificada, as providências eram tomadas, porém o autor não era identificado.

 

Muita gente temia até sair de casa durante o dia, era somente a rua estar deserta para que a dúvida pairasse em quem se arriscasse a percorrê-la, a não ser em número de três ou mais pessoas, haja visto que já correram boatos de que alguém fôra atacado mesmo sem a noite ter caído. Isso deixava a cidade com jeito de lugar fantasma, muitos preferiram vender seus imóveis e irem morar em outra cidade, mas nem todos estavam dispostos a sair dali, talvez por conta das suas atividades ou por não terem condições para adquirir outro imóvel.

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 06/02/2023
Reeditado em 06/02/2023
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