Por um momento, finja
Agora, vou contar uma história infantil. Era uma vez um tempo alegre, em uma distante Estrela, vivia uma gente fina. Eles não eram pessoas físicas, em seus termos, e se você viajasse para aquela Estrela agora em suas espaçonaves você não os veria. Você andaria por seus campos e pensaria que a terra era estéril. Você pousaria em suas naves espaciais e, embora toda a população viesse cumprimentá-lo, você não veria ninguém.
E assim, neste conto infantil, que é dado a você em parábola e em símbolo, você veio a existir e, ainda assim, quando este universo, como você o conhece, foi trazido à existência, você teve que esquecer momentaneamente de onde você veio. Você teve que ser criado em carne para que você pudesse experimentar, em carne, esta nova porção de criatividade e para que você pudesse, por sua vez, criar daquilo de que você foi feito fisicamente e então você esqueceu sua herança, em propósito, de certa forma. E você se encontrou em um planeta físico e você abriu os olhos e encontrou possibilidades infinitas e uma realidade física virgem que você poderia moldar de acordo com o desejo do seu coração e na qual poderia dar rédea solta à sua criatividade. E aqueles de quem você se originou observaram e quando grandes nuvens correram através de seus céus primitivos naqueles dias aqueles que se originaram de você, eles desceram e você os viu e se perguntou.
Agora, neste conto infantil, finja comigo. Finja comigo que você está sentado aqui em uma realidade física em um minúsculo ponto indescritível e indescritivelmente pequeno no planeta físico chamado Terra. Finja comigo que você está sentado em uma sala em uma cidade qualquer, que você está sentado em um círculo e que está me ouvindo falar, e finja comigo que ao mesmo tempo vocês estão em um círculo sobre mim em outro espaço e em outro tempo. Finja comigo que, em seus termos, estávamos em outro círculo e em outra Estrela, em um passado inconcebivelmente distante, de modo que seu cérebro físico não pode imaginá-lo e que juntos, sendo não-físicos, tivemos um grande sonho. Imaginamos uma realidade física e imaginamos este momento e este tempo e não há fim para este conto infantil. Nunca há fim para um conto infantil. Só os adultos insistem em começos e fins. E imagine também, portanto, que dentro de vocês agora existem outros eus muito mais sábios e que dentro de seus olhos há outros olhos tão velhos quanto os meus e outros Eus tão antigos e tão novos e que esses Eus, dentro de vocês, olham para mim, piscando e piscando como Estrelas.
Pense agora, que às vezes, como uma criança que necessita de amigos, você encontra um mundo que necessita de heróis, o mesmo herói precisando ser desperto dentro de cada um, pois cada um é o mundo inteiro, e o mundo, um só de todos Nós.