Ep. 7 -Bandinha Madam’s: mulher vista em adultério
ATENÇÃO*
*Todos aqueles meus queridos abominadores desta Escrivaninha podem conferir os episódios iniciais com a seguinte cronologia:
Ep. 1 – “Bandinha Madam’s contra nova ordem zumbial” – 03/01/2023
Ep. 2 – “Bandinha Madam’s contra os sacrifícios de sangue” – 13/01/2023
Ep. 3 – “Bandinha Madam’s e Luvinha enfrentam o Rins-tituto-Mula” – 16/01/2023
Ep. 4 – “Bandinha Madam’s e o misterioso Código das Vinte” – 19/01/2023
Ep. 5 – “Bandinha Madam’s: O NOVO PAPA” – 22/01/2023
Ep. 6 – Bandinha Madam’s: glória José Descreu – 24/01/2023
(Adoro poder contar com os leitores de humor irônico, como também com aqueles que não acham graça e, acima de tudo, com aqueles que depois de lerem aqui lançam uma maldição sobre este humilde escriba. – Muito grato a todos.)
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(Continuando agora.) -------------
Após acompanhar a transmissão em rede mundial em que foi anunciado o novo Papa (bem como a formalização do poder religioso centralizado na cidade-país do Vaissangrandus), Bandinha Madam’s recebeu um vídeo repassado pelo Tio Chiste... que se comunicava diretamente da Mansão da Família Madam’s.
Naquelas cenas do vídeo, era odiosa a demonstração de poder do Inquisidor Escafandro de Mergulhais. Estava ali gravado (e distribuído pela TV Corvo) o procedimento de punição desencadeado sobre uma mulher que foi flagrada cometendo adultério espiritual e, portanto, assim infringindo um estatuto perpétuo da Santa Madre Igreja Tacólica (do Deus Lulêus).
O tal adultério espiritual ficou público a partir de uma denúncia feita por uma jovem devota do Tacolicismo e pregadora da Nova Ordem Zumbial. A moça denunciou a própria mãe através de um vídeo onde “a velha” aparecia rezando com um crucifixo em mãos, o que era uma afronta ao Santíssimo Lulêus, cujo símbolo devocional obrigatório era uma imagem dele próprio ou simplesmente uma foice cruzando-se com um martelo (marreta libertadora sagrada). Ou, na falta de um desses dois simbolismos, uma representação qualquer onde aparecesse uma mão de quatro dedos padronizada.
O castigo da adúltera era conduzido pelo santo Inquisidor Escafandro de Mergulhais, consistindo de cuspideira pública no rosto da pecadora (que era exibida completamente nua) durante um dia inteiro até que a fila de carrascos terminasse ou fosse atingido o tempo de 20 horas corridas. Bandinha Madam’s mais uma vez percebeu o Código das Vinte (descrito no nosso episódio n.º 4).
A mulher punida teve que renegar publicamente sua fé, para poder escapar de ser executada com morte. Também um pouco do sangue dela foi recolhido perante o altar do deus Lulêus. E tudo isso acontecia diante do olhar frio do santo Inquisidor Escafandro de Mergulhais.
Bandinha Madam’s conhecia a Constituição Federativa Assombrosa Intergalática pela qual o Conselho de Magia e Justiça (CMJ) garantia a proibição de cerceamento aos credos em qualquer dos mundos. E ficava cada vez mais evidente que o Tribunal Interassombral de Gaia iria interferir, desde que fosse feita uma boa investigação e provas robustas fossem apresentadas sobre episódios de tirania que notadamente não providenciassem chance de defesa e, ainda mais, que envolvessem derramamento de sangue para sacrifícios. E, dadas aquelas circunstâncias, ficava cada vez mais óbvio que o deus Lulêus queria ver sangue para poder aplacar sua ira.
Bandinha Madam’s arquivava tudo em formato digital, cujos dados ficariam muito bem protegidos ali no seu quartel-general provisório que funcionava por baixo de um amplo cemitério de uma grande metrópole brasileira.
Estava na hora de pedir uma primeira audiência com o Ministério Público Interassombral que era responsável pela lei penal de punição aos crimes sobrenaturais cometidos no âmbito do planeta Gaia (conhecido como “Terra”, no idioma português que era falado no país desses acontecimentos narrados nesta saga).
Mas isto é um episódio que narraremos na próxima publicação, aqui neste bombástico canal (digo: aqui, nesta abominável Escrivaninha).
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(Este conto continuará em novos capítulos aqui nesta Escrivaninha abominada por você.)
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FIM...?
(Da coleção zezediozoniana: CONTOS DE TERROR QUE NÃO DÃO MEDO)