Bandinha Madam’s e Luvinha enfrentam o Rins-tituto-Mula
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Conforme você já deveria ter lido, ANTERIORMENTE (previously) em “Bandinha Madam’s contra nova ordem zumbial” e “Bandinha Madam’s contra os sacrifícios de sangue” *(*procure o começo da saga na seção de contos/terror de minha Escrivaninha, com respectivas datas de 03/01/2023 e 13/01/2023)...
“Bandinha, com suas trancinhas, sempre seguida da fiel acompanhante Luvinha, entrou naquele templo da igreja Tacólica. (...) E a menina mais amada da juventude sincera escapou pela calçada externa daquele templo, margeando a avenida onde ainda conseguiu presenciar um grupo de integrantes da antiga religião sendo enfileirados para serem cuspidos nas caras por hordas de marxistas maconheiros. Sim, Bandinha Madam’s chegou à conclusão de que a guerra não teria fim em menos de um século daquele momento em diante. E ela estava pronta para restabelecer a normalidade das coisas. (...) Entre as atrocidades que mais chocaram até mesmo seu parceiro Luvinha, a jovem Bandinha Madam’s achou intolerável a separação forçada de crianças que eram arrancadas das tutelas dos respectivos pais e acabavam entregues para campos-de-concentração infantis que tinham como diretor geral um tal senador Gosmar Nariz.”
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(Continuando agora.) -------------
Bandinha Madam’s pediu a ajuda do Tio Chiste e ele disponibilizou um fantasma que logicamente poderia impor o medo à seita parasitária da aberração Nove Dedos. Tratava-se da respeitadíssima alma de um homem honesto que viveu na época da chamada Revolução Industrial. E o nome dele era: TRABALHO.
A abordagem ao famigerado Rins-tituto-Mula foi feita durante a madrugada adornada por uma belíssima Lua Cheia e com um firmamento quase sem nuvens.
Facilmente chegaram ao interior do suntuoso prédio sem serem detectados pelos sonolentos guardas empregados ali, de contratos firmados pela companheirada parasitária sindical.
Bandinha Madam’s esperou que Luvinha ligasse os computadores, que facilmente tiveram as senhas hackeadas.
Ali estavam as primeiras evidências documentais das atrocidades que a Nova Ordem Zumbial do Nove Dedos havia começado a implementar dentro de seus templos Tacólicos.
Também foi aproveitado este momento para que Bandinha Madam’s registrasse em vídeo imagens das mesas de computadores espalhadas por toda aquela sala onde estava os troféus colecionados durante as torturas cujas vítimas eram os conservadores da Antiga Ordem.
Em cada mesa de computador havia um grande pote de vidro contendo rins das referidas vítimas fatais, com uma etiqueta onde se podia ler a inscrição: “MAIS UM INTEGRANTE DO GABINETE DO ÓDIO TEVE O QUE MERECIA”.
Bandinha Madam’s já tinha ouvido falar daquela punição contra quem ousasse cometer o chamado “crime de opinião”. Também corria o boato de que eram arrancados pedaços daqueles supostos criminosos para envio aos familiares como se fosse um “cala-a-boca não morreu”.
De repente, Bandinha Madam’s sentiu um forte puxão nas suas trancinhas. Sim, alguma coisa a atacava por trás na tentativa de arrastá-la pelos cabelos ou de suspendê-la para o alto.
Bandinha Madam’s ouviu quando o guarda-costas fantasma avisou:
— É uma mão-de-4-dedos flutuante, com uma inscrição em formato de “L”. Esse assunto é com você, Luvinha.
Foi então que Luvinha executou uma corridinha nas pontas dos dedos (como se fosse um atleta corredor sobre pernas de verdade) e se jogou no ar, parecendo flutuar até alcançar a nuca de Bandinha Madam’s onde estava o agressor em forma de mão.
Em pouquíssimos segundos a mão amaldiçoada foi dominada por Luvinha, que a envolveu com um mata-mulão e em seguida a jogou em direção ao fantasma Trabalho. Como resultado disso, a mão agressora explodiu respingando gotas de algo oleoso parecido com petróleo.
Com as vibrações da explosão, um alarme sonoro soou com um som estridente: “PINGÁ- PINGÁ- PINGÁ- PINGÁ-PINGÁ-Á- Á- Á- Á- Á- Á- Á- Á- Á- Á- Á- Á- Á- Á- Á- Á- Á”.
Bandinha Madam’s e os dois amigos se entreolharam.
E o trio de invasores preparou-se para a possibilidade de um demorado combate contra os guardas armados, já que Bandinha Madam’s era naquele momento a única que poderia ser molestada pelas balas que viessem a ser disparadas por aqueles guardas do Rins-tituto-Mula.
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(Este conto continuará em novos capítulos aqui nesta Escrivaninha abominada por você.)
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FIM...?
(Da coleção zezediozoniana: CONTOS DE TERROR QUE NÃO DÃO MEDO)