Bandinha Madam’s contra nova ordem zumbial

Bandinha, com suas trancinhas, sempre seguida da fiel acompanhante Luvinha, entrou naquele templo da igreja Tacólica.

Ao contrário do que diz a lenda, a menina Bandinha Madam’s não frequenta apenas cemitérios onde faz suas relaxantes caminhadas noturnas sempre que há Lua Cheia. Não! Ela gosta dos cânticos e das rezas tacólicas dentro dos templos, pela cadência solene que a faz lembrar dos uivos de lobos e das metamorfoses de alguns humanos em formas idênticas.

Bandinha Madam’s estranhou o fato de que naquele templo brasileiro o sacerdote empunhava um dispositivo de onde exalava uma fumaça que nitidamente não era incenso, mas, sim, tratava-se de uma certa erva cuja utilização havia sido inicialmente autorizada para fins medicinais.

Ao fundo, em lugar do tradicional enorme crucifixo com a figura sacrificial do fundador do Cristianismo, um outro barbudo era representado fazendo um gesto de abençoar com mãos que somavam apenas nove dedos e não se via crucifixo. Em lugar do sagrado símbolo, havia uma foice e um martelo cruzando-se nas mãos do novo salvador referido.

Do lado esquerdo do novo altar havia figuras dos fundadores daquela Nova Ordem, em quadros gigantescos. Entre os rostos representados, eram facilmente reconhecidas a grande sacerdotisa ambientalista Sarina Vilsa e uma deputada federal carioca cujo nome (salvo engano) era Netebida da Vilsa.

Bandinha Madam’s nem conseguiu se sentar em qualquer dos bancos feitos de plástico vermelho. Ao contrário, deu meia volta enquanto Luvinha fazia o mesmo.

E a menina mais amada da juventude sincera escapou pela calçada externa daquele templo, margeando a avenida onde ainda conseguiu presenciar um grupo de integrantes da antiga religião sendo enfileirados para serem cuspidos nas caras por hordas de marxistas maconheiros.

Sim, Bandinha Madam’s chegou à conclusão de que a guerra não teria fim em menos de um século daquele momento em diante.

E ela estava pronta para restabelecer a normalidade das coisas.

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(Este conto continuará em novos capítulos aqui nesta Escrivaninha abominada por você.)

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FIM...?

(Da coleção zezediozoniana: CONTOS DE TERROR QUE NÃO DÃO MEDO)