A CANELA - CAP. IV
Eurípedes fugiu dali apavorado, ficou de olhos arregalados, quando viu Antônio sangrando. Meu Deus, meu Deus, ele gritava ao correr pela rua, com sangue nas mãos.
A vida dele acabou. Ele sabia disso. No entanto, seu pensamento ainda estava na canela, aquele aditivo imprescindível para a confecção da rabanada tão necessária à mesa do natal. Ele correu tanto, que foi parar em um padaria de Botafogo, ele correu do Flamengo. Nossa, que gás. Ele sentou no meio-fio e chorou. Mas se você está pensando que isso aconteceu por conta do arrependimento por ter esfaqueado um ser humano, esqueça!
Ele só pensava na compra da canela...
Vamos então para o antepenúltimo capítulo (5).