O CORPO SECO 🌵
[baseado no folclore brasileiro]
Por ser hediondo e bem desumano
A terra rejeito aquele corpo
Nem a morte quis José Maximiano
Mesmo estando bem morto!
Todo o Estado de Minas Gerais
Para aquele que tinha tanta crueldade
Falecido viveria entre os mortais
Imortal ele pagaria pela sua maldade!
Rastejava no escuro como no beco
Chorava de forma histérica,
Apelidaram-no assim, o corpo seco
Na sua maneira cadavérica!
Espreita-te entre chão até mangue
Pedindo-lhe talvez um favor
Ao grudar em ti, suga-te o sangue
Transforma medo no horror!
José perdera a aparência externa
Não passa deste cadáver ambulante
Que geme dentro duma caverna,
O desespero de ser a alma vagante!