Sonho II
Pulei abruptamente!
Solicitei a chave.
Destravei o ferrolho.
Parece que exerço algum papel significativo.
Fui prontamente atendido ao pedir a chave.
Ainda que demonstrasse intenção de fuga.
Após o salto ganhei a rua.
Primeiramente aflito que daqui pra frente.
Sem nenhum dinheiro no bolso.
A vida seria difícil.
Enquanto caminho.
Reflito.
Sai fora.
Pavoroso retornar prá li.
Pouco antes descobri faziam de pessoas cobaias.
- Me dê a chave!
Exclamei ao aproximar da janela.
Que me deu acesso às ruas.
Procuro ainda compreender tal pronto atendimento.
A vida tem que recomeçar longe daquele lugar.
Uma casa antiga de diversos cômodos.
Inocente.
Aparentemente.
Conquanto.
Vi com os meus próprios olhos.
A jovem interna usando óculos.
Os olhos dela imensos esbugalhados inchados assumindo o formato da enorme armação de óculos com lentes esverdeadas.
Eu convivia com aquela guria normalmente.
E nunca tinha visto ela assim.
Aí fiquei estarrecido e caçei um jeito de fugir.
Aconteceu de noite e durante a madrugada.
O dia raiando saí de banda.
Acho que o guri...
O que me deu a chave...
Pode ser monitor naquele escarcéu...
Agora soube.
Cada interno se sujeita - experiências monstruosas.
Naquele momento em que o transe ocorre.
As cobais revelam transformações alienígenas.
Deixarei pra contar outras que presenciei.
Depois que eu certificar que não acontecerá comigo.
Conquanto.
Não sei bem ao certo o meu protagonismo na casa.
Se de mocinho.
Ou vilão.
Porquanto tive autoridade sob aquele "monitor" que me entregou a chave; com a qual eu abri o cadeado, e destravei o ferronho da janela.
Visuais horripilantes até não mais puder.
Será que eu também fico assim?...