CANIS LUPUS 🐺
Não sou o culpado pela condição,
Pode até parecer loucura,
Para perpetuar toda essa maldição
A próxima geração futura
Sempre será uma marca das vidas
Infectadas pelo mal interior
Transmitido ao receber mordidas,
Desta besta no meu interior
O demônio na alma se incendeia,
Numa noite num céu limpo
Ante a luz maligna da lua cheia,
Cresce o mal que pressinto
Li no noticiário certos informes
De um ataque tão bestial
Do ser com membros disformes
Se torna o louco animal!
Toda manhã sinto-me aturdido,
As roupas vivem rasgadas,
Me vejo frágil e senão abatido,
E as mãos sempre cortadas
Na boca, um estranho azedume
Unhas nunca são aparadas
Olor de sangue como perfume,
Das noites então passadas
Peguem, pois, o revolver de prata
Aos policiais então informem,
Essa é a única forma que se mata
Eu! Este diabólico lobisomem!