O BARQUEIRO DO INFERNO ⛵
Dos mortos, sou destino final
Alguns me chamam de barqueiro,
Conduzo toda viagem astral,
Na morte serei o seu mensageiro!
Jamais viram a minha fronte
Ocultado sobre esse capuz bárbaro
Deram-me por nome Caronte
Te conduzo para o infinito Tártaro
Não se apresse com a travessia
A jornada é lenta dentro duma barca,
Ouvem-se lamúrias e a agonia
Que deixam na alma indelével marca
Acalme então esses ânimos,
Nestas águas tão frias pelo inverno
Levei os heróis magnânimos
Até as imensidões de cada inferno
Portanto, desfaçam esse queixume.
Se quiserem façam uma aposta
Mas calmos mantenham o volume
Ao chegarmos margem oposta!
No rio, bem vês todo o cúmulo
Daqueles que nunca tiveram salvação
Que abrem um fechado túmulo
Mas mortos não voltam a ressurreição