Colina Silenciosa: O Portal para o Mundo dos Mortos - Capítulo Um - Parte Oito

Ricardo acreditou que havia vencido a batalha e matado a morta-viva e se virou para sair, mas escutou o gemido de dor e sofrimento atrás dele e ao virar-se viu a mulher morta se levantando lentamente e com dificuldade. Mais uma vez ele atirou na cabeça dela, porém desta vez a moça não caiu no chão e continuou avançando. Com mais três tiros, ela caiu de joelhos e se deitou de bruços de maneira que sob seu corpo se formasse uma piscina do próprio sangue e o cadáver ambulante não tornou a se levantar.

Ele não perdeu tempo e tentou o apartamento à frente, mas a porta estava trancada, por isso mais uma vez tentou a porta de número ímpar seguinte, que ficava logo ao lado, o quarto 05 e a porta abriu.

Este não estava nem um pouco bagunçado, até parecia nem ter sido ocupado, mas Ricardo decidiu olhar em cada canto, inclusive na suíte, pois havia um banheiro naqueles apartamentos. E ao entrar pela porta, foi tomado por um susto repentino, ao ver um cadáver pendurado ao teto por uma corda grossa no pescoço. O homem que se hospedara naquele quarto escolhera tirar a própria vida.

Do bolso do cadáver, pendia a ponta de um papel e ele o apanhou para verificar seu conteúdo:

O texto no papel dizia:

" Nota de suicídio de um homem morto

Hoje minha vida acaba. De um jeito ou de outro estou morto.

A cidade está dominada pelos mortos, nem o hotel está seguro mais

Se ficar vivo, vou morrer e virar um deles, se morrer pelo menos não viro

Eles me morderam, mas não me mataram. Foi uma pequena mordida no braço

Agora, sou eu quem vou me matar para não me transformar em um deles!

Adeus!"

Após ler, Ricardo se virou e voltou ao quarto, então quando estava próximo à porta, ouviu um alto baque de algo pesado caindo ao chão.