ATERRO HORRORIZANTE (aconteceu numa cidade do interior)

Estavam enterrados debaixo de sete palmos, mas não estavam fora da convivência com os habitantes que não tinham consciência do que se passava debaixo da terra. Um dia, graças a uma obra de construção no terreno, emergiram das profundezas. O toque era gosmento. O cheiro era fétido. De repente, numa sexta-feira 13 (às 13 horas) surgiram mãos cheias de dedos humanos que com semelhança de garras atravessaram a superfície do solo.

Felizmente tudo aquilo foi alcançado em serviço braçal pelos trabalhadores da prefeitura com suas luvas, já que alguns precisaram usar as próprias mãos (como se fossem garras mecânicas) para poderem arrancar aqueles restos orgânicos de lixo doméstico, no aterro horroroso e irregular que havia se transformado naquela massa apodrecida que depois de escavada lembrava um cemitério clandestino. Depois de removido todo aquele horrorizante aterro ‘P’u‘T’refato, a população também conseguiu a cassação do prefeito vampiro que sugava os cofres públicos daquele município e que também foi processado e apareceu nas páginas policiais juntamente com as fotos repugnantes daquele enojante outro lixo.

......

FIM

(Da coleção zezediozoniana: CONTOS DE TERROR QUE NÃO DÃO MEDO)