O DIÁRIO DO HOSPÍCIO – PARTE III 🏥
[fragmento da perversão]
Estou por aqui há muitos anos
Quando ando nos vastos corredores
Ouço barulho dentro dos canos
Os pacientes sentem seus pavores!
Agora avanço funda na mente
Na escuridão que consome a razão,
Sinto o suor o ranger de dente
Estarei próximo da total perdição?
A meia noite, trazem a medicação
Pobre enfermeira, bela mulher
Agora controlo toda essa situação
Não hesito um minuto sequer
Ela nem poderia ao menos imaginar
Que outra vez as vozes eu ouço
Dizem que devo, a mulher esganar,
Torcendo bem o frágil pescoço!
Seus olhos observam o vazio
Agora ela descansará em certa paz
Somos então agora esse trio,
Não posso ouvi-la respirar mais!
Posso ver uma chave na sua mão,
Naquela pele tão macia,
A benção para minha libertação
Me parar ninguém poderia
Esta chave me dará a liberdade
Das portas que nunca foram abertas
A cura provisória da insanidade
Tais fantasias novamente despertas
Como um pássaro com sua asa,
Escalo o portão como no monastério
Posso me sentir dentro de casa
Caminhando por dentro do cemitério