O DIÁRIO DO HOSPÍCIO – PARTE III 🏥

[fragmento da perversão]

Estou por aqui há muitos anos

Quando ando nos vastos corredores

Ouço barulho dentro dos canos

Os pacientes sentem seus pavores!

Agora avanço funda na mente

Na escuridão que consome a razão,

Sinto o suor o ranger de dente

Estarei próximo da total perdição?

A meia noite, trazem a medicação

Pobre enfermeira, bela mulher

Agora controlo toda essa situação

Não hesito um minuto sequer

Ela nem poderia ao menos imaginar

Que outra vez as vozes eu ouço

Dizem que devo, a mulher esganar,

Torcendo bem o frágil pescoço!

Seus olhos observam o vazio

Agora ela descansará em certa paz

Somos então agora esse trio,

Não posso ouvi-la respirar mais!

Posso ver uma chave na sua mão,

Naquela pele tão macia,

A benção para minha libertação

Me parar ninguém poderia

Esta chave me dará a liberdade

Das portas que nunca foram abertas

A cura provisória da insanidade

Tais fantasias novamente despertas

Como um pássaro com sua asa,

Escalo o portão como no monastério

Posso me sentir dentro de casa

Caminhando por dentro do cemitério

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 30/11/2022
Código do texto: T7661423
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