DRÁCULA 🩸

[trecho retirado do Diário de Van Helsing de 1988]

Na vaporosa noite, certo mistério

Ao atender esse telefonema,

Devia dirigir-me para o cemitério

Para resolver aquele dilema

Mina informou tão assustada,

Que Drácula não havia sucumbido

Pelo relato, estava bem pálida

Pensara que o mal tinha morrido!

O ar estava quente e pestilento

A lua se escondia ante um nevoeiro

Dos lobos, ouvia-se o lamento

Assustou até meu cão perdigueiro!

A lamparina alumiava a região

Andei trôpego entre tantas sepulturas

Ouvia minha própria respiração

E as sombras daquelas vis esculturas

O vassalo começara escavar,

A cova desta controversa criatura

Até um som seco então ecoar

Para desenterrar tal coisa impura!

Em transe palpitava o coração

Certo suor banhava-me todo rosto,

Avistei com horror um caixão

E o azedume aos lábios deu gosto!

- Tirem os cadeados assim ordenei

Quando senti a brisa quente,

De joelhos para meu Deus eu orei,

Num transe dentro da mente

- Vamos, agora abram esse caixão

Uma lufada de vento frio,

Regelou-me a alma e toda emoção

Este féretro estava vazio!

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 21/11/2022
Código do texto: T7654862
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.