A BALADA DO LOUCO 🎵
Quero que veja a si mesmo,
Quando olhar-se na sua imagem.
De noite caminhe em esmo,
E engane-se com essa miragem!
Mas se escrevo esta narrativa,
Faço-o comedido e muito pouco,
Bem-vindo, a minha comitiva
Aqui cada um de nós é um louco
O que seria da saúde mental,
Se nós não ouvíssemos as portas,
Com o vozerio descomunal,
E o bêbado de pernas bem tortas
Dizem que há um certo traço,
A separar todo real do imaginário
Se escrevo, a linha é o espaço,
E você leitor, algo dum relicário!
Quereria de Quixote, ser o fidalgo
Tenha também a percepção
Que ao ler-me você imagina algo,
Existente apenas na ficção!
Se tua realidade fosse a minha,
Não estaria disponível nesta leitura,
Pois a escrita é a frase sozinha
Ansiosa para divisar nossa loucura!
Mas se com a caneta te cutuco,
As palavras que você vai entender
Quem sabe sou outro maluco,
Que nas palavras soube descrever
Por embargo, ainda estou rouco,
Continue lendo essa poesia.
O diagnóstico será: És um louco,
Lendo minha triste litania!