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Eu cai para um recôndito fundo

Minha presença é o asco

Rejeitado ocupo esse submundo

Ao atirar-me do penhasco

Na escuridão refrigerei a alma.

A solidão devorou toda luz,

Meu medo caberia numa palma

Quando os olhos neles pus!

Desci as trevas deste infinito

O bode expiatório da humanidade.

Por ser belo, tornei-me mito,

Culpado por toda praga e maldade

Apenas quis levar adiante,

Meu livre-arbítrio e essa opinião

Eu seria a estrela radiante

Acusado de promover a rebelião!

Do céu lançado ao precipício

Sem escolha fui subjugado

Para mim foi apenas um início

De que já estou condenado

Toda esta malignidade e desgraça

São culpas única e pessoais

O bode expiatório da humana raça

É o réu das coisas espirituais

Durante os séculos ainda resisto

Agora não pode me culpar

Apenas na tua cabeça eu existo

Ninguém poderá te ajudar

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 29/09/2022
Código do texto: T7617098
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