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Eu cai para um recôndito fundo
Minha presença é o asco
Rejeitado ocupo esse submundo
Ao atirar-me do penhasco
Na escuridão refrigerei a alma.
A solidão devorou toda luz,
Meu medo caberia numa palma
Quando os olhos neles pus!
Desci as trevas deste infinito
O bode expiatório da humanidade.
Por ser belo, tornei-me mito,
Culpado por toda praga e maldade
Apenas quis levar adiante,
Meu livre-arbítrio e essa opinião
Eu seria a estrela radiante
Acusado de promover a rebelião!
Do céu lançado ao precipício
Sem escolha fui subjugado
Para mim foi apenas um início
De que já estou condenado
Toda esta malignidade e desgraça
São culpas única e pessoais
O bode expiatório da humana raça
É o réu das coisas espirituais
Durante os séculos ainda resisto
Agora não pode me culpar
Apenas na tua cabeça eu existo
Ninguém poderá te ajudar