O bosque

O bosque

Albert, de nove anos, voltava para casa depois de ter passado a tarde inteira jogando Need for Speed na casa de seu melhor amigo. E como de costume fazia isso andando pela trilha no meio do bosque. O motivo? Bem, por que fazer uma caminhada de meia hora, se por aquela trilha ele estaria em casa em apenas dez minutos?

Mesmo já estando escuro, o menino andava tranquilo pelo caminho que ele tão bem conhecia. E também o pouco de luz da lua que se infiltrava por entre as copas das árvores ajudava bastante para enxergar a trilha.

Albert já tinha andado quase metade do caminho quando finalmente percebeu que não estava sozinho ali. Porque alguma coisa se moveu na mata a sua esquerda. O menino soube através do barulho de um graveto se quebrando. Só então o medo brotou em seu peito.

Apavorado o menino botou pra correr. Não fazia nem idéia do que estava ali a espreita-lo, mas isso não importava. De repente tudo o que queria era chegar em casa, para a segurança dos braços de seu pai e mãe.

Então, quando Só faltava mais uma curva na trilha, além da qual ela subia por uma ladeira ingreme até os fundos da propriedade aonde o pia morava, este viu a coisa agachada a bloquear a passagem.

Não era uma coisa muito grande. Na verdade Albert pensou que não devia ser maior que sua mãe. Só que no lugar dos olhos azuis de sua progenitora, a coisa tinha duas órbitas das quais emanava uma misteriosa claridade vermelha. No lugar dos cabelos sempre bem cuidados, uma cabeleira ruiva e desgrenhada, e no lugar das mãos gentis garras assustadoras.

Albert não pensou duas vezes. Começou a correr pelo caminho, na direção oposta àquela coisa horrível e Deus, como ele chorava e gritava pedindo pela mãe e pelo pai. Mas essa gritaria é chorei não demorou muito. Logo a mata estava silenciosa. Sem nenhum sinal do menino ou daquela besta.

Durante muitos e muitos dias a polícia percorreu o bosque, tentando descobrir o que aconteceu com o menino. Mas não foram encontrados pistas que desvendaram esse mistério . E então, quando tudo já estava sendo esquecido, quando já haviam desistido das buscas, mais uma criança desapareceu. Foi quando o terror começou.

CONTINUA.

S J Malheiros
Enviado por S J Malheiros em 30/08/2022
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