A CASA AMALDIÇOADA 🏠
DONA YAYÁ
[baseado nos relatos do folclore paulistano]
A história que agora eu narro,
Não trata de roubo ou uma briga,
Se quiser fuja com seu carro,
Isso ocorreu no bairro do Bixiga!
Fatos estranhos e bem terríveis
Acometerem essa casa provinciana
Misérias pelas perdas horríveis
Marcariam o espírito da Sebastiana
Seria a fatalidade sina malfadada?
Até os seus pais faleceriam
Sua irmã falecera assim asfixiada
As tragédias lhe marcariam!
Até seu irmão lhe abandonaria,
Ao afastar-se aquela casa tão maldita,
O horror ninguém não saberia,
Porque ninguém havia então predita!
A deterioração não aconteceu já
Lentamente precisava dos seus tutores
Tinha apelido de senhora Yayá
Ali se iniciava seus infames temores!
Ouviam-se os passos soturnos
Da mulher que vivia, mas sequer jaz
Pela rua seus gritos noturnos
Tiravam da vizinhança toda a paz!
Tinha uma vida bem anormal
Reclusa, deveria viver aprisionada
Perderia toda a saúde mental
Se tornou outra louca desvairada!
Pela justiça ela foi interditada
Agora também era hipocondríaca
A morte seria a salvaguarda,
Numa fulminante parada cardíaca