O HOMEM DO TERNO PRETO 🕴️
Perdi a pouco meses meu irmão
Coisa comum que se destrambelha
Choque anafilático dum ferrão
Pela picada com veneno de abelha
Agora ouço do vento o som
Quando sento a beira desta lagoa,
Pesquei uma truta marrom,
E o medo sempre a mente povoa!
Certo instante eu adormeci
Quando uma abelha em meu nariz.
Mas um estalo então ouvi
Esse barulho não fui eu quem fiz!
Fitei o olhar por instantes,
Percebi uma figura vestindo terno
Olhos negros e flamejantes
Poderia ser essa a visão do inferno?
Odor fétido dele se emana
Nem ao menos minha boca abro,
Ele não era nem humana!
Mas sei quem era! Maldito diabo
Disse-me entre os dentes
Sua mãe está morta pela picada
Da boca essas indecentes
A desgraça havia sido anunciada
Corri rapidamente pela ribanceira
Espero que a mãe sobreviva
Rapidamente abri a nossa porteira
Mas vi-a em pé e ainda viva!
Do segredo, o trauma se cala
O horror havia então me paralisado
Retornei e peguei minha vara
E o chão ao redor estava queimado!