A MALDIÇÂO DA FAZENDA 🚜
Não espero que ela entenda
Mas está decido! Enfim vou matar
Ninguém venderá a fazenda
Depois de algumas décadas viuvar
De forma alguma irá para Omaha
Meu filho se dispôs a ajudar
Eu a seguro enquanto ele a amarra
Isso vai realmente facilitar!
Seu cadáver se encontra bem roxo,
Passei essa lâmina na jugular
Com a força, desloquei o pescoço
O corpo no poço vou ocultar
Joguei por cima dela alguns estratos
Ouvi barulhos assustadores
Da noite para o dia apareceram ratos
Malditas pragas de roedores
Tudo parecia ir muito além do normal
Principalmente para mim, o patife
Muitos ratos devorando todo o cereal
Sumiço dela alertei a esse xerife!
Nunca ficaria sequer um dia enlutado,
Porém algo prendeu a atenção
Quando o dedo indicador foi amputado
Por um rato! Gelou o coração
Ao deitar antes que o corpo desperte
Vi uma mulher lavando pratos,
Não pode ser! Era ela! Minha Arlete
Cercada por uma trupe de ratos
Nesta fazenda passei bons momentos
Como a ovelha que desgarra,
Vendi a fazenda pelos contratempos,
Parti em direção para Omaha!
Certamente agora faço a confissão
Perdoem-me os erros, estes vis literatos
Aprisionado pela minha maldição
Continuo sendo perseguido pelos ratos!
Matei minha esposa, incentivei o filho
A ser cúmplice da crueldade,
Tudo pela lavoura e cultivo do milho
Quero de Deus só a piedade!
Com vocês finalmente compartilho
O desespero me fez acreditar
Que puxar do revólver esse gatilho
Fará minha desgraça acabar!
[recorte do Jornal de Carter Lake – IOWA]
Hoje de manhã, corpo encontrado
Despertou na polícia suposições
Um senhor em óbito consumado,
No corpo mordidas eram lesões