O INQUILINO 🏠

Escuto os canos de ferro e estanho

Assobiarem pelo apartamento,

Esse lugar me parece bem estranho

Ao pensar nisso um momento

Se trata de um prédio residencial,

A aura estranha sempre tinha

Decerto alguma coisa paranormal

Fez suicidar-se uma vizinha!

Imagino-me no leito de hospital

Nestas bandagens o corpo enfaixado

Já próximo do estágio terminal,

O cadáver posto neste ataúde lacrado

Aquilo se tornou minha obsessão

Sinto nos inquilinos a repulsa

Todos agem sem ter consideração

Ao parapeito o corpo debruça

Com certeza existe a trama

Eles também desejam esse meu fim

Qual porco deitado na lama

Pelos trejeitos noto que será assim!

Não toleraria esta hostilidade

Nunca seria este mocinho heroico,

Deles saem toda malignidade

Deus! Estou em surto paranoico!

Agora tais olhares me enervam,

Não lembraria mais o que se sucedeu,

Loucos! Os olhos me observam

Estaria eu são? Ou você enlouqueceu?

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 30/07/2022
Código do texto: T7571275
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