O INQUILINO 🏠
Escuto os canos de ferro e estanho
Assobiarem pelo apartamento,
Esse lugar me parece bem estranho
Ao pensar nisso um momento
Se trata de um prédio residencial,
A aura estranha sempre tinha
Decerto alguma coisa paranormal
Fez suicidar-se uma vizinha!
Imagino-me no leito de hospital
Nestas bandagens o corpo enfaixado
Já próximo do estágio terminal,
O cadáver posto neste ataúde lacrado
Aquilo se tornou minha obsessão
Sinto nos inquilinos a repulsa
Todos agem sem ter consideração
Ao parapeito o corpo debruça
Com certeza existe a trama
Eles também desejam esse meu fim
Qual porco deitado na lama
Pelos trejeitos noto que será assim!
Não toleraria esta hostilidade
Nunca seria este mocinho heroico,
Deles saem toda malignidade
Deus! Estou em surto paranoico!
Agora tais olhares me enervam,
Não lembraria mais o que se sucedeu,
Loucos! Os olhos me observam
Estaria eu são? Ou você enlouqueceu?