O TELEFONE – PARTE I 📞

[manuscrito retirado de um diário, vítima desconhecida]

Acordei agora, pareço assustada?

Deitado no colchão, um lugar escuro

Teria sido realmente sequestrada?

De agora em diante, qual meu futuro?

O quarto vazio, só há um telefone

Na janela eis o velho de dentes tortos,

Deste lado um frasco de Danone

A rede telefônica é a linha dos mortos

Ouço do outro lado daquela linha

Gemidos, choros e um possível temor,

A alma suplica que estaria sozinha

E pede para falar com o sequestrador!

Mas onde estaria aquele senhor?

A voz suplica e insiste para eu avisar,

- Não morra! Sobreviva na dor!

Seja forte quando a tortura começar!

Desliguei assustada a ligação,

Onde estaria minha irmã sensitiva?

Urinei em cima deste colchão

Espero que ela ainda esteja viva!

Ouço bezerros, estou num rancho?

E recebo mais outra ligação,

Ao retirar o telefone deste gancho

Ouvi a voz: - Preste atenção!

[continua...]

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 20/07/2022
Código do texto: T7563937
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