DRÁCULA 🧛
[extraído do meu diário de viagem]
Do sangue vital, esta mácula
Em decúbito adormece neste caixão
Sua alcunha Conde Drácula
Para matar crave à estaca no coração
No silêncio não há respiro
Seu destino passou pelo nosso crivo,
Besta maldita! O vampiro
É hora de eliminar esse morto vivo!
Antes que dobrem esses sinos
Da igreja e este monstro se levante,
Vejam a saliência dos caninos
Matá-lo é o dever mais importante!
Abram o caixão, deixem a areia
Esparramar no chão frio e bem liso,
A lua em seu alvor já se prateia
Iluminando aquele diabólico sorriso
De tochas acesas uma oração
Pouco esforço este ferrolho arrebenta
Agora perpetraremos a ação
Purificar o lugar com essa água benta
O demônio pálido na rigidez
Não saberia ao menos o que lhe espera
A ponta da estaca pela altivez
É firmada com o bruxulear duma vela
O primeiro golpe, escutei a morte
Retorcer-se naquele cadáver de terno
Para nossa felicidade e boa sorte,
Enviei-o sem retorno para o inferno!
[Abraham Van Helsing] – 6 de novembro