DRÁCULA 🧛

[extraído do meu diário de viagem]

Do sangue vital, esta mácula

Em decúbito adormece neste caixão

Sua alcunha Conde Drácula

Para matar crave à estaca no coração

No silêncio não há respiro

Seu destino passou pelo nosso crivo,

Besta maldita! O vampiro

É hora de eliminar esse morto vivo!

Antes que dobrem esses sinos

Da igreja e este monstro se levante,

Vejam a saliência dos caninos

Matá-lo é o dever mais importante!

Abram o caixão, deixem a areia

Esparramar no chão frio e bem liso,

A lua em seu alvor já se prateia

Iluminando aquele diabólico sorriso

De tochas acesas uma oração

Pouco esforço este ferrolho arrebenta

Agora perpetraremos a ação

Purificar o lugar com essa água benta

O demônio pálido na rigidez

Não saberia ao menos o que lhe espera

A ponta da estaca pela altivez

É firmada com o bruxulear duma vela

O primeiro golpe, escutei a morte

Retorcer-se naquele cadáver de terno

Para nossa felicidade e boa sorte,

Enviei-o sem retorno para o inferno!

[Abraham Van Helsing] – 6 de novembro

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 19/07/2022
Reeditado em 19/07/2022
Código do texto: T7563269
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