A CARNE 🥩
Há algo latente em nós,
E submerso pelo inconsciente
Parte macabra, essa voz
Espreita-nos dentro da mente!
No trote da faculdade,
Alterou aquilo que eu sou agora
Liberou essa maldade,
Que lentamente em mim aflora!
Ao me olhar neste espelho
Sou tão enigmática como uma lua
Devorar o fígado de coelho
Com apetite voraz pela carne crua
Pode parecer algo bizarro
Para quem era adepta do veganismo,
Como a tosse sem escarro
Embriaguei-me no louco hedonismo
Poderia ser uma rebeldia?
Liberar este impulso com a obsessão?
Ao praticar antropofagia
E deleitar-me na completa compulsão
É uma vontade mundana
Iniciado neste meu pérfido ritualismo
Em comer carne humana
No fetiche do enigmático canibalismo